Você sabia que existe diferença entre as palavras índio e indígena?

Quem explica é Daniel Munduruku. Com 45 livros escritos, ele já recebeu diversos prêmios no Brasil e no exterior, entre eles o Prêmio Jabuti

https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2015/05/1516-14escritor-indigena-explica-diferenca-entre-indio-e-indigena.mp3?_=1

Do EBC

Você sabia que existe diferença entre as palavras índio e indígena? Quem explica essa diferença é o escritor Daniel Munduruku, da etnia Munduruku, que é formado em Filosofia, História e Psicologia, com doutorado em Educação e pós-doutorado em Literatura. Ele acredita que a palavra índio entrou no imaginário no século XVI, que a palavra muda de conotação ao longo da história, e virou apelido. “Um apelido traz sempre um aspecto negativo e reforça algo ruim”, reforça.

Daniel Munduruku explica que a palavra índio também tem uma conotação ideológica muito forte, e faz com que as pessoas liguem a aspectos ruins, como achar que índio é preguiçoso, selvagem, canibal ou atrasado. Por outro lado, ele acredita que “há pessoas que ao falar índio pensa no aspecto positivo romantizado, aquele mais pacífico, bonito, da floresta e inocente”.

De acordo com o filósofo, a palavra tribo também traz uma significação que minimiza a importância das populações indígenas.

leia também: 

Munduruku diz que procura em suas obras alertar as pessoas para o uso correto das palavras, pois é importante dar nome às pessoas. “A nossa identidade é revelada pelo lugar onde nós pertencemos”, alerta.

Entenda mais sobre o assunto nesta entrevista ao programa Cotidiano.

Cotidiano vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 14h, na Rádio Nacional de Brasília, com apresentação da jornalista Luiza Inez Vilela.

-+=
Sair da versão mobile