“Preta imunda”, cantam alunos em hino na faculdade de medicina da USP

Para justificar o racismo da canção, entoada pela bateria do curso, os uspianos argumentam: “Nosso mestre de bateria é negro”. Além disso, os estudantes afirmam, em sua defesa, que a música é antiga “o racismo e preconceito eram comportamentos corriqueiros”

Por Redação no, SpressoSP

Alunos da Batesão, bateria da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto estão sendo acusados de racismo. O grupo compôs e tem cantado um hino que chama mulheres negras de “preta imunda”. Não bastasse a ofensa racial, os estudantes ainda entoam versos como “loirinha bunduda” e “morena gostosa.”

A aberração foi denunciada pelo Coletivo Negro da faculdade e será levado até a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), nesta terça-feira (11). A canção é cantada durante jogos universitários e, sem pudor algum, sua letra foi distribuída aos alunos calouros.

“A batesão assume seu lugar de senhor dos escravos, pega o chicote e violenta mais uma vez as mulheres negras, se não pelo estupro, pela subjugação do nosso corpo”, afirma o Coletivo Negro. O vice-diretor da Faculdade de Medicina, professor Hélio Cesar Salgado, soltou uma nota repudiando a música.

A Batesão publicou uma nota, em seu perfil no Facebook, tentando justificar a canção. No texto, os estudantes afirmam que “o cancioneiro, pequeno livro com músicas foi criado há muito tempo”, quando “o racismo e preconceito eram comportamentos corriqueiros.”

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