Alckmin arrecada 35% a mais que Serra

Candidato ao governo de São Paulo, tucano declarou à Justiça Eleitoral ter recebido R$ 5 milhões em doações 

Aloizio Mercadante (PT) declarou receita de R$ 840 mil; Skaf, com só 2% no Datafolha, já arrecadou R$ 3,49 mi

EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO 

O candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, arrecadou mais no primeiro mês da campanha eleitoral que José Serra, candidato de seu partido à Presidência da República.
O comitê financeiro de Alckmin declarou à Justiça Eleitoral ter recebido R$ 5 milhões. Entraram nos cofres da campanha de Serra R$ 3,7 milhões -35,5% a menos.
Os partidos tiveram até ontem para apresentar suas prestações de contas parciais. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) informou que vai divulgar as informações prestadas pelos candidatos a partir de amanhã.
A Folha revelou ontem que Serra vai trabalhar pessoalmente na arrecadação da campanha. Ele está preocupado com o ritmo da entrada de recursos.
A campanha de Dilma Rousseff (PT), principal adversária de Serra, declarou receita de R$ 11,6 milhões. Até Marina Silva (PV), com 10% das intenções de voto, declarou receita superior à do tucano: R$ 4,65 milhões.
Líder isolado e franco favorito para vencer a eleição ainda no primeiro turno, Alckmin tem encontrado facilidade para arrecadar recursos. A campanha prevê um limite de gastos de R$ 58 milhões.
Seu principal adversário, o candidato do PT, Aloizio Mercadante, declarou receita de R$ 840 mil. A despesa, segundo previsão apresentada à Justiça Eleitoral, não poderá ultrapassar R$ 46 milhões.
Paulo Skaf (PSB), apesar dos 2% de intenção de voto (segundo pesquisa Datafolha feita entre os dias 20 e 23 de julho), já arrecadou R$ 3,49 milhões.
Skaf é presidente licenciado da Fiesp. No meio político, era esperado que ele tivesse mais facilidade para levantar recursos. Seu limite de gastos é de R$ 50 milhões.
Celso Russomanno (PP), terceiro colocado com 11%, segundo o Datafolha, declarou receita de R$ 140 mil. À Justiça Eleitoral ele disse que pretende gastar, no total, até R$ 20 milhões.

Fonte: Folha

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