Back2Black confirma Gilberto Gil e Luiz Melodia na edição londrina

 

SÃO PAULO – A primeira edição do festival Back2Black em Londres terá shows de Gilberto Gil, Luiz Melodia, Emicida, Flavio Renegado, Marcelo D2, Mart′nalia, Virginia Rodrigues e os grupos Tono e Filhos de Ghandi. Depois de três edições no Rio, o festival faz parte da programação paralela das Olimpíadas de Londres, ocupando nos dias 29 e 30 de junho e 1º de julho um prédio de 1850 em Old Billingsgate, antiga sede de um mercado de peixes, na região leste da capital inglesa.

Também foi anunciada em coletiva de hoje em São Paulo a participação de Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra e do malinês Toumani Diabaté, apresentando o álbum A curva da cintura, criado pelo trio no ano passado.

O rapper Criolo e o Baile do Funk, com Cabelo, Sany Pitbull e DJ Malboro, também estão no lineup. Entre as atrações internacionais, estão o rapper inglês Roots Manuva, a dupla malinesa Amadou e Marian, o cantor nigeriano Femi Kuti e a cantora africana Fatoumata Diawara.

Sobre a presença marcante do hip hop no festival, Gilberto Gil, que além de atração é também embaixador do evento, explicou:

“O hip hop é sem dúvida uma das vertentes mais criativas da música brasileira hoje. É uma linguagem que se universalizou e está também presente na África, na Europa e em países do Oriente Médio”, disse o ex-ministro da Cultura.

Para o escritor angolano José Eduardo Agualusa, que assina a curadoria das palestras do festival, a edição londrina é um grande desafio, pois o público é muito diferente do carioca.

“Londres é quase uma cidade africana, com uma comunidade muito viva e atuante, que jamais perdeu contato com suas raízes. Esperamos, portanto, um público mais exigente”, avalia Agualusa, confirmando a realização de pelo menos duas mesas de debates sobre a redemocratização de países africanos, uma delas com a presença do compositor senegalês Youssou N’Dour, ferido na perna no mês passado numa manifestação em Dakar contra a candidatura de Abdoulaye Wade a um terceiro mandato.

Diretora cênica e de arte do festival, Bia Lessa explica que o Old Billingsgate guarda muitas semelhanças com a Leopoldina, simbolizando com sua história um local de trabalho e trabalhores. Sobre as intalações, exposições e palcos, a artista explica que planeja transformar o antigo mercado de peixe “no avesso de um museu”.

“A ideia é a mistura e levar o museu para fora do espaço. Vamos vestir o prédio inteiro e usar muito a rua”, explica Bia.

A produtora Connie Lopes, uma das criadoras do festival, conta que as atrações se dividirão em quatro palcos. Do lado de fora do prédio, haverá um espaço para jovens artistas. No palco maior, acontecem os shows dos nomes consagrados. No subsolo do prédio, fica o palco urbado, com eletrônica, hip hop e baile funk. Na galeria, acontecerão durante o dia as conferências e à noite, shows acústicos. A expectativa é receber 3.500 pessoas a cada dia.

Sobre a edição brasileira de Back2Black, que acontece na Leopoldina em 24, 25 e 26 de agosto, Connie adianta que adotará o modelo do quatro palcos criado para Londres. Agualusa também informou que pretende transformar as conferências no Rio num festival de literatura africana e afrobrasileira, com a presença de até 10 grandes escritores.

 

 

 

Fonte: Pernambuco

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