Filmes brasileiros se destacam na premiação LGBT do Festival de Berlim

Berlim, 23 fev (EFE).- O cinema brasileiro fez bonito nesta sexta-feira nos prêmios Teddy, dedicados a filmes com especial sensibilidade para a comunidade LGBT do Festival de Berlim, ao conseguir duas das seis estatuetas na cerimônia realizada em Berlim.

Do Brasil em Folhas

Fotolia/fergregory

O Teddy de melhor longa-metragem ficou com Tinta Bruta, novo filme do duo formado por Márcio Reolon e Filipe Matzembacher; enquanto o prêmio de melhor documentário reconheceu Bixa Travesty, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman.

Tinta Bruta narra a história de Pedro (Shico Menegat), um jovem homossexual que assume o codinome GarotoNeon e passa a se apresentar anonimamente na internet dançando nu na escuridão do seu quarto, coberto apenas por uma tinta fluorescente..

Bixa Travesty, por sua parte, acompanha a cantora transexual Linn da Quebrada, que se autodenomina bicha, trans, preta e periférica e que entende sua música como arma contra o racismo, a transfobia e o machismo.

Além das duas produções brasileiras, projetadas na seção Panorama, a segunda em importância do festival, o cinema latino-americano se destacou com a peruana Retablo, de Álvaro Delgado Aparicio, que recebeu o Teddy LOreal, que premia os novos talentos, depois de levar também hoje uma menção especial do júri juvenil na entrega de prêmios da seção Generation14plus.

O último prêmio latino-americano foi para Las Herederas, do paraguaio Marcelo Martinessi, que ganhou o Teddy dos Leitores, concedido pela revista Mannschaft, e que amanhã concorrerá ao Urso de Ouro do Festival de Berlun.

O prêmio especial do jurado também teve um toque brasileiro, uma vez que distinguiu o documentário Obscuro Barroco, uma coprodução franco-grega da produtora Evangelia Kranioti que aborda, como Bixa Travesty, a noção do corpo através da figura de uma transgênero brasileira, Luana Muniz, que morreu no ano passado. EFE

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