Grupo protesta em Brasília contra preconceito a religiões africanas

Cerca de 400 praticantes de religiões afro-brasileiras protestaram na Esplanada dos Ministérios na manhã de ontem contra a discriminação das religiões de matriz africana. Eles também querem que o mais conhecido ponto de encontro de afro-religiosos de Brasília, a Prainha, seja
declarado patrimônio cultural da cidade e passe a ser administrada pela própria comunidade. Hoje, o local é constantemente depredado e seus frequentadores são muitas vezes alvos de intolerância religiosa.

“Quando assumem sua religiosidade, muitos são vítimas de descriminação no trabalho, nas salas de aula das escolas por chefes, colegas e professores”, reclama o Ogan Luiz Alves, um dos coordenadores do protesto. Por isso, manifestações semelhantes têm acontecido em várias cidades brasileiras. O evento da manhã de ontem, organizado pelo Foafro (Fórum Religioso Afro-brasileiro do Distrito Federal e Entorno), contou com um carro de som, muitas baianas e lideranças religiosas de todo DF.

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 27 de Outubro – Dia nacional de mobilização pró-saúde da população negra

Apesar das dificuldades que nós, negros e negras, encontramos em nossos cotidiano por conta do racismo e sexismo, podemos constatar que a conquista de vários espaços políticos demonstram a nossa habilidade de negociação e de preservação do legado deixado por nossos ancestrais. Hoje podemos comemorar a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, o Programa Nacional de Atenção as Pessoas com Doença Falciforme, o II Plano Nacional de Promoção de Igualdade Racial, a inclusão do Eixo 9 que aborda o racismo no II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, e tantas outras conquistas que possibilitam a população negra afirmar que: “os nossos passos vêm de longe”.

De acordo com o IPEA(2008) “em algum momento de 2008 a população negra será mais numerosa que a população branca e se as tendências de fecundidade continuarem como nos últimos anos, a partir de 2010 o Brasil será um país de maioria absoluta de negros”. Apesar dos avanços e conquistas, e mesmo sabendo que somos a maioria, ainda temos um caminho longo a percorrer uma vez que é necessário tirar todas as políticas do papel e fazer com que elas aconteçam de fato, com reflexos em nossa comunidade, nosso bairro, nosso município e dentro de nossas casas.

Não basta apenas saber que as políticas existem… é claro que estar sempre bem informado é fundamental, mas faz-se necessário saber como as políticas estão acontecendo na minha cidade, se tem financiamento, quais os beneficiados, os setores responsáveis, quais as dificuldades e facilidades para sua implementação e qual a nossa participação nesse processo. É por esse motivo que nós estamos convidando você para participar da mobilização do dia 27 de outubro e a nossa proposta é que o Sistema Único de Saúde funcione para todos e todas, garantindo o que está em nossa Constituição: “a saúde é um direito de todos e um dever do Estado”.

Informe da Mobilização Pró-saúde da População Negra
Responsável: José Marmo da Silva

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