Imagem de África ainda é adulterada diz Albino Carlos, diretor do Centro de Formação de Jornalistas

O director do Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR) deplorou, na quarta-feira, em Buenos Aires, o facto do continente africano figurar nas primeiras páginas da imprensa mundial apenas por causa das guerras, violência, instabilidade e catástrofes.

Albino Carlos, que falava no Congresso de Comunicação e Ciências Sociais, que termina hoje, referiu que as abordagens dos órgãos de comunicação social ocidental em relação ao continente africano revelam um “gritante desconhecimento histórico-cultural das diversas realidades” africanas e “uma dose excessiva de paternalismo, saudosismo e preconceitos”.

O director do CEFOJOR interrogou-se sobre a imagem do continente perante os seus povos e dos africanos em função do que lhes é apresentado pela imprensa ocidental. Albino Carlos questionou-se igualmente sobre os motivos que levam a imprensa ocidental a “teimar em bater na mesma tecla, fazendo passar uma imagem negra sobre a realidade africana”. O director do CEFOJOR fez parte de uma delegação angolana, que participou, desde 30 de Agosto, no Congresso de Comunicação e Ciências Sociais, da qual também fazem parte o chefe do Departamento de Intercâmbio do Ministério da Comunicação Social, António Bragança, e o adido de imprensa na Argentina, Nazaré Van-Dúnem.O congresso, organizado pela Faculdade de Jornalismo e Comunicação Social da Universidade Nacional De La Plata, trata de temas como “políticas e práticas de investigação em comunicação e ciências sociais”, “Internet como objecto de estudo”, “História – comunicação: debates interdisciplinares para construir uma agenda”, “o lugar dos meios de comunicação social, da opinião pública e da política na construção de cenários eleitorais”, “meios de comunicação, política e cultura” e “meios e medos: agenda cultural policial e juventude”.

Fonte: Jornal da Angola

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