Outras impressões, manifestações livres sobre qualquer assunto – Que calor?

Por Leno F. Silva

 

Ontem um amigo disse que os termômetros da Avenida Paulista registraram 39º C. Passei por aquela região no meio da tarde e senti na pele um calor que poucas vezes havia experimentado. No ônibus em velocidade, mesmo com os vidros abertos, o incomodo com o ar quente que circulava era muito grande.

A cidade de São Paulo talvez tenha uma das maiores frotas de coletivos da América Latina, e apenas uma parcela inexpressiva dispõe de sistema de refrigeração. Nessa época do ano, viajar de “busão” nos horários de pico é um exercício de sobrevivência, que mescla superlotação, calor intenso, ar seco e transpiração. Ainda bem que existe o bilhete único, uma sacada bacana que permite utilizar, por um período de três horas, vários coletivos e, assim, encurtar trajetos e, por exemplo, quando o calor é insuportável, trocar um ônibus mais cheio por outro quase vazio.

Para minimizar a sensação de sauna seca, é possível, também, fazer um circuito misto: parte no coletivo e outro trecho à pé, preferencialmente caminhando por calçadas com sombras. Essa opção permite paradas estratégicas para tomar água, suco; chupar um sorvete de frutas ou qualquer outro líquido gelado que hidrate o corpo e, por alguns minutos, transmita algum frescor.

Como ainda faltam cerca de dois meses para acabar o verão, convém sair de casa com um kit de resistência básico, composto de: garrafa d’água, óculos escuros, boné, filtro solar, guarda-sol, leque, uma ou duas trocas de camisa e outros apetrechos de emergência, como um saquinho com sal, para o caso da pressão cair inesperadamente.

Em caso de necessidade extrema é possível entrar em algum ambiente com ar condicionado, preferencialmente um hotel legal, pedir alguma informação, ficar lá uns cinco minutos para ganhar fôlego e depois seguir de novo o caminho aquecido.

Uma medida que não tem qualquer resultado prático, mas que pode auxiliar como efeito sugestivo é fixar o olhar numa foto que registra a onda de neve nos Estados Unidos ou no Leste Europeu. Na semana passada ouvi que a temperatura na Rússia chegou a menos 46º. Haja vodka para esquentar aquele gelo. Vai um picolé aí? Por aqui, fico. Até a próxima.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Lista Racial 

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