Meninas libertadas pelo Boko Haram reencontram suas famílias na Nigéria

Nigerian Vice President Yemi Osinbajo (R) looks on while his wife Dolapo (C) comforts one of the 21 freed Chibok girls freed today from Boko Haram, at his office in Abuja on October 13, 2016. Jihadist group Boko Haram has freed 21 of the more than 200 Chibok schoolgirls kidnapped more than two years ago, raising hopes for the release of the others, officials said Thursday. Local sources said their release was part of a prisoner swap with the Nigerian government, but the authorities denied doing a deal with Boko Haram. / AFP / PHILIP OJISUA (Photo credit should read PHILIP OJISUA/AFP/Getty Images)

Depois de dois anos e meio de espera, as famílias de 21 meninas nigerianas sequestradas em 2014 viajaram de Chibok para Abuja, capital da Nigéria, para finalmente reencontrar as jovens.

Do HuffPost Brasil

O encontro entre as meninas e suas famílias ocorreu neste domingo (16), de acordo com o Guardian, mas elas foram libertadas na quinta-feira (13), após uma negociação entre os insurgentes do grupo Boko Haram e o governo do país.

As 21 adolescentes fazem parte de um grupo de quase 300 que foram retiradas à força de uma escola em Chibok, no nordeste de Nigéria, em abril de 2014. O sequestro deu início a uma campanha global -a #BringBackOurGirls – que engajou celebridades e a primeira-dama americana, Michelle Obama, mas que na prática teve poucos efeitos.

Segundo estimativas do governo nigeriano, há ainda pelo menos 190 meninas sob poder do grupo. Embora poucos detalhes tenham sido divulgados após a libertação das 21 jovens, acredita-se que várias delas foram sistematicamente estupradas, passaram fome e foram obrigadas a executar tarefas fisicamente extenuantes.

Ainda está pouco claro também sob quais condições as meninas foram libertadas, em um acordo intermediado pelo Governo da Suíça e pela Cruz Vermelha. Algumas notícias dão conta de que a libertação das jovens foi em troca de quatro comandantes do Boko Haram que estavam presos pelo governo. Outros relatos dão conta de que as meninas foram soltas após uma grande quantia em dinheiro ser enviada ao grupo.

O governo suíço “facilitou contatos entre representantes do governo nigeriano e intermediários do Boko Haram” após pedido de Abuja, disse uma porta-voz em comunicado.

De acordo com Eleanor Nwadinobi, líder do Programa de Estabilidade e Reconhecimento da Nigéria, mas jovens vão passar por diversos tratamentos, que envolvem as necessidades individuais de cada uma, questões de saúde, stress pós-trauma e questões nutricionais. “É importante que elas não sejam isoladas”, explicou à rede Al Jazeera.

O Boko Haram realiza uma insurgência para implementar um Estado islâmico, matando milhares e deslocando mais de 2 milhões de pessoas no nordeste da Nigéria e em regiões do Chade e dos Camarões.

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