Nem hashtags, nem desculpas: assédio sexual não é erro, é crime

JOSÉ MAYER DIZ ter errado. Já publicou carta em rede social em que se desculpou pelo que chamou de erro e pelo que o seu colega Caio Blat classificou como “brincadeira fora de tom”. “A atitude correta é pedir desculpas. Mas isso só não basta. É preciso um reconhecimento público que faço agora”, escreveu o global. Se tem uma coisa certa na sentença de Mayer é a parte em que diz que “só isso não basta”. Assédio sexual e injúria são crimes.

Por Helena Borges, do The Intercept

Mayer não estava andando pelo set de gravação e, sem querer, esbarrou em uma colega de trabalho. O relato da figurinista Su Tonani, publicado no blog Agora é que são elas, da Folha de S.Paulo, é claro e direto: “ele colocou a mão na minha buceta e ainda disse que esse era seu desejo antigo”.

Entre os relatos de Tonani, encontra-se também uma cena em que o ator a chama de “vaca” em um set de gravações cheio de gente. Dependendo das provas, testemunhas e estratégia adotadas, segundo advogados consultados por The Intercept Brasil, Mayer pode ser acusado de crime contra a honra [injúria] e assédio sexual, crime tipificado na Lei 10224 e previsto no artigo 216 A do Código Penal.

Procurada pela reportagem, Tonani decidiu não falar por enquanto. Mas informa que está contatando uma advogada e desenhando sua estratégia legal.

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