Rio de Janeiro – A polícia começou nesta segunda-feira (22/3) a ocupação do Complexo da Providência, na área central do Rio de Janeiro, naquela que é considerada a favela mais antiga da cidade.
A operação começou às 8h30 e teve a participação de 95 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o apoio de 150 homens do Batalhão de Choque. Essa é a primeira etapa para a implementação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na comunidade. Além do morro da Providência, a ocupação se estenderá também ao morro da Pedra Lisa e ao morro Moreira Pinto.
Segundo o comandante do Bope, tenente-coronel Paulo Henrique de Moraes, não houve resistência na favela. “Tudo ocorreu como planejado, pois os bandidos estão divididos entre facções rivais. Sendo assim, já esperávamos que não ocorresse confronto”, avaliou.
Segundo Moraes, o batalhão vai buscar armamentos na área. “Iremos fazer uma minuciosa busca na comunidade para tentar encontrar armas ou drogas na favela”, afirmou.
Moraes disse que existem aproximadamente 40 novas localidades mapeadas para receber a polícia pacificadora, porém a ordem de ocupação, ainda não está decidida. “Temos aproximadamente 40 regiões na cidade para implantar as Unidades de Polícia Pacificadora, porém, a ordem de qual região será a próxima, vai depender do planejamento, pois cada uma tem sua particularidade”, disse.
O secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse que serão implementadas mais oito Unidades de Polícia Pacificadora até o final do ano. Sendo assim, a expectativa é de que 120 mil pessoas sejam beneficiadas diretamente pela ocupação dessas comunidades neste ano. Segundo Beltrame, o principal benefício da implementação das UPPs é a garantia que se possa implantar projetos sociais do estado com segurança nas comunidades que antes eram dominadas pelo tráfico de drogas.
Fonte: Correio Braziliense
