Professor monta museu de r$ 2,4 milhões sobre racismo

Uma coleção de objetos antigos expostos nos Estados Unidos aborda a história do país de uma maneira bastante polêmica. O Museum of Racism Memorabilia, localizado no estado do Michigan, contém 9 mil itens (móveis, enfeites e utensílios domésticos) que habitavam as casas norte-americanas há algumas décadas. Os artefatos fazem, racismo, alusões bastante preconceituosas e ofensivas aos afro-americanos. Segundo o tablóide britânico Daily Mail, a exposição é tão chocante, que a maior parte das pessoas que visita o local sai enojada e irritada.

A ideia de David Pilgrim – que é negro – ao criar a exposição é de “ensinar, não de ressaltar o racismo”, como ele explicou à publicação. Pilgrim é ex-professor da Ferris State University, local onde as peças estão à mostra hoje. Ele começou sua coleção quando era adolescente, em 1970, e hoje ela é estimada em mais de R$ 2,4 milhões. “O objetivo da galeria é fazer as pessoas refletirem”, explica. Os alunos da universidade ficam chocados ao conhecer a exposição. “Como um ser humano pode fazer isso com outro?”, disse a estudante Nancy Mettlach.

Durante muito tempo, os artefatos ficaram expostos em um quarto e as pessoas precisavam marcar horário para visitar. Agora, graças a doações da universidade, a coleção conseguiu um lar permanente na instituição de ensino. Pilgrim explica que nem todos os itens do museu estão a mostra, mas os que estão mostram como as ideias racistas dominaram a cultura norte-americana por décadas. O anúncio do museu é “usar objetos que mostram a intolerância para ensinar a tolerância e promover a justiça social”.

“A maioria das pessoas sai daqui muito pensativa e triste”, diz ele, que complementa, “mas isso não é o suficiente. O único objetivo de um museu como este é forçar as pessoas a dialogar”.

 

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Fonte: Época

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