Programa Pai Legal ajuda 400 famílias com reconhecimento de paternidade

Em dois dias houve reconhecimento e procedimentos de investigação de paternidade de mais de 300 homens

A Promotoria de Justiça de Defesa da Filiação (Profide) realizou na última semana 400 atendimentos do programa “Pai Legal”. Nos últimos 18 e 19/9, foram iniciados 266 procedimentos de investigação de paternidade e realizados 35 reconhecimentos voluntários imediatos pelos pais.

Os reconhecimentos occorrem quando os pais biológicos comparecem e assinam voluntariamente um termo de paternidade, que é enviado ao cartório. No prazo de até 60 dias, a criança recebe gratuitamente nova certidão de nascimento.

De acordo com a Lei 8.560/1992, os cartórios extrajudiciais devem fornecer, obrigatoriamente, ao Ministério Público os registros de nascimentos sem o nome do genitor. A partir desses dados, a Profide notifica as mães para que compareçam ao MP. A intenção é que o atendimento oorra ainda nos primeiros meses de vida da criança.

Quando a mãe comparece ao atendimento sozinha, é questionada sobre todas as informações que podem ajudar a identificar o suposto pai. A partir desses dados, a Profide inicia um procedimento de investigação. Nesses dois dias de atendimento, foram instaurados 266 procedimentos com a finalidade de investigar e identificar o suposto pai. Após localizado, ele prestará depoimento à Promotoria de Justiça. Em caso de dúvida, o exame pericial (DNA) poderá ser realizado.

O objetivo do programa é assegurar a tutela do direito à paternidade, previsto constitucionalmente. A promotora de Justiça Renata Borges explica que os atendimentos realizados pelo MP são importantes como forma de orientação às mães. “Buscamos esclarecer todas as dúvidas. Independente se o pai mora em outra cidade, se está preso ou falecido, também é possível a abertura do procedimento para o reconhecimento de paternidade”, ressaltou.

Segundo a promotora de Justiça Leonora Brandão, as principais dúvidas das mães são sobre os direitos dos filhos após o reconhecimento. “Elas querem saber como requerer o direito a pensão alimentícia e também têm dúvidas se o reconhecimento pode gerar inversão da guarda em razão da condição financeira. Muitas mães com baixa renda não têm condições próprias de contratar um advogado e não sabem como proceder”, explicou.

As próximas edições estão agendadas para 6 e 27/11, respectivamente no Paranoá e na sede do MPDFT, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG).

Fonte: Correio Braziliense

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