Serena sofre com Safarova e gripe, mas vence Roland Garros e conquista seu 20º Grand Slam

Aaron Favila / AP

Mesmo doente, mesmo gripada, mesmo praticamente “andando” em quadra, Serena Williams provou mais uma vez porque é a melhor do mundo. Apostando em seu saque imparável – foram 11 aces -, a norte-americana venceu Lucie Safarova por 2 sets a 1, com parciais de 6/3, 6/7 (7-2) e 6/2, e sagrou-se tricampeã de Roland Garros.

Do Espn

Ao todo, a lista de conquistas de Serena tem 20 Majors: seis Australian Opens (2003, 2005, 2007, 2009, 2010 e 2015), cinco Wimbledons (2002, 2003, 2009, 2010 e 2011), seis US Opens (1999, 2002, 2008, 2012, 2013 e 2014), e agora soma seu terceiro troféu em Roland Garros, após os triunfos em 2002 e 2013.

Com sua 20ª conquista, a tenista de 33 anos fica a dois Grand Slams de igualar a alemã Stefanie Graf, que teve 22 títulos somando os quatro maiores torneios do circuito e se aposentou em 1999, justamente o ano em que a americana conseguiu seu primeiro US Open.

A missão de Safarova neste sábado parecia muito difícil, para não dizer impossível. Enquanto a estadunidense tentava o seu 20º título de Grand Slam, a tcheca buscava o seu primeiro. E o retrospecto entre as duas também não ajudava: oito encontros, e oito vitórias da norte-americana.

Serena chegou para a final ainda se recuperando de uma gripe. Ela cancelou o treino e a coletiva na véspera da final, afirmando que “poucas vezes se sentiu tão doente em quadra” e que precisava “descansar e se manter hidratada” para a decisão. Qualquer esperança que isso pudesse dar à Safarova, porém, não se confirmou.

Ao menos, esta foi a melhor apresentação em Grand Slams da tenista de 28 anos, que inclusive eliminou Maria Sharapova, campeã no ano passado. Em 2014, Safarova caiu nas semifinais de Wimblendon. O máximo que ela havia alcançado em Paris, até então, havia sido as oitavas em 2007 e 2014. Agora, é vice-campeã.

Ela ainda irá disputar a final da chave feminina de duplas, ao lado da norte-americana Bethanie Mattek-Sands, contra a australiana Casey Dellacqua e a cazaque Yoroslava Shvedova.

O jogo

Logo na primeira parcial, a campanha das duas até a final se inverteu. A surpreendente nº 13 do mundo – que irá se tornar Top 10 após o torneio – perdeu seu primeiro set na competição. Já Serena, que em três ocasiões precisou virar o placar, desta vez não deu chances para o azar.

Encaixando alguns aces, Williams conseguiu “segurar” o ânimo da adversária no começo da partida. Mesmo com Safarova se movimentando e devolvendo bem, os saques da americana impediam qualquer chance de break-point. E foi a número 1 do ranking quem conseguiu a primeira quebra, fazendo 3 a 1.

Serena demonstrava sentir os efeitos da gripe, com correndo pouco em quadra. A rival, porém, pouco aproveitava a mobilidade limitada da adversária, e a melhor do mundo seguia se valendo de suas raquetadas precisas: quatro aces, três deles para fechar os games, foram suficientes para fazer o 6/3.

No primeiro serviço de Safarova no segundo set, a estadunidense conseguiu a quebra e pela primeira vez mostrou alguma excitação ao comemorar o ponto. Mas a gripe começou a “bater”.

Após fazer 4 a 1, ela caiu de ritmo e viu a adversária devolver as duas quebras. Williams conseguiu se recompor, aproveitar um break-point para fazer 6 a 5, mas sofreu nova quebra logo em seguida. No tie-break, a tcheca levou a melhor por 7 a 2.

O equilibrio seguiu ao extremo, com as duas conseguindo quebrar o saque rival no início do terceiro set. Novamente “empolgada” e correndo o que não havia corrido até então, Serena bateu o serviço da tcheca mais duas vezes, conseguindo o 6 a 2.

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