Sucedem-se homenagens a Alfred Kumalo, fotógrafo que retratou a brutalidade do apartheid

Sucedem-se as homenagens na África do Sul a Alfred Kumalo, famoso por retratar a brutalidade do regime do apartheid, resistindo a todas as pressões para não o fazer, e a ascensão de Nelson Mandela.

O fotógrafo morreu, domingo, aos 82 anos, vítima de insuficiência renal.

O partido Congresso Nacional Africano, no poder, referiu, através do seu porta-voz, Jackson Mthembu, que o país perdeu um «raro e imenso talento, que muito contribuiu para a consciencialização social do povo e para a exposição do horror do regime do apartheid».

«Os sul-africanos serão eternamente gratos a Alf Kumalo por se dedicar a expor um sistema desumano», acrescentou.

Também o antigo presidente Thabo Mbeki, que esteve no poder de 1999 a 2008, se referiu a Kumalo como «um dos mais importantes historiadores sul-africanos».

Alf Kumalo iniciou sua carreira de fotógrafo na década de 50 do século passado.

Amigo próximo de Mandela, ficou também conhecido pelas fotos de Madiba e da primeira mulher, Winnie Madikizela-Mandela, cujo casamento, em 1957, registou. Tal como os 27 anos que Mandela esteve na prisão.

A revolta no bairro Soweto, em 1976, foi também captada pelas suas lentes.

Após o fim do apartheid, em 1994, Kumalo passou a dar aulas de fotografia.

Domingo, deixou a África do Sul de luto.

A data do velório e do funeral ainda não foi anunciada.

 

 

Fonte: Abola

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