Durante a sessão plenária desta quinta-feira (13), o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) comunicou que enviou ofício ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), e ao secretário de Segurança do estado, Fernando Grella Vieira, pedindo “diálogo e respeito” para a resolução do impasse com manifestantes contrários ao aumento da tarifa de ônibus.
O senador disse ter pedido “uma ponderação adequada por parte do secretário de Segurança e demais autoridades, para que haja o necessário diálogo e respeito a todos”.
Suplicy informou que incluiu no ofício a íntegra de seu discurso no Plenário do Senado, na quarta-feira (12), em que sugeriu que os manifestantes adotem a prática da não violência nos protestos.
Na ocasião, o senador afirmou que os manifestantes deveriam seguir o exemplo e as lições de líderes como o indiano Mahatma Gandhi e o americano Marting Luther King Jr.
“Gandhi e Luther King defenderam maior justiça na sociedade, mas sempre se caracterizaram pela não violência”, disse Suplicy na quarta-feira.
No mesmo discurso, Suplicy opinou que a forma como os integrantes do movimento vêm agindo “acaba causando somente reações muito severas de condenação pela maioria da população”.
– Essa não é a maneira de se transformar o país. As lições de Mahatma Gandhi e Martin Luther King são as lições positivas para os grandes movimentos sociais que buscam justiça e liberdade – frisou o senador.
O Movimento Passe Livre (MPL) é tido como um dos organizadores dos protestos contra o reajuste de R$ 3 para R$ 3,20 na tarifa dos ônibus, que entrou em vigor na semana passada.
“O MPL não é o dono das mobilizações contra o aumento. Esta é uma luta ampla e popular com uma reivindicação única, clara e simples: a redução da tarifa de ônibus de R$ 3,20 para R$ 3. É isto que exigem as pessoas que saem para protestar nas ruas”, diz um comunicado divulgado pelo grupo.
No protesto da terça-feira (11) ocorreram confrontos com a polícia, resultando em manifestantes e policiais machucados, destruição de equipamentos públicos e privados e prisão de participantes do protesto.
Classe média experimenta o terror que a PM paulista toca na periferia – por Luiz Carlos Azenha
Fonte: Agência Senado