1944/1961 – Rio de Janeiro RJ
Histórico
Idealizado, fundado e dirigido por Abdias do Nascimento, o Teatro Experimental do Negro tem como objetivo a valorização do negro no teatro e a criação de uma nova dramaturgia. Contemporâneo de Os Comediantes, companhia com a qual realiza intercâmbios, o Teatro Experimental do Negro atua no nascimento do teatro moderno, priorizando seu projeto artístico sem levar em conta o gosto médio da platéia e abrindo mão da profissionalização.
O projeto do Teatro Experimental do Negro – TEN, engloba o trabalho pela cidadania do ator, por meio da conscientização e também da alfabetização do elenco, recrutado entre operários, empregadas domésticas, favelados sem profissão definida e modestos funcionários públicos. A companhia inicia suas atividades em 1944, colaborando com o Teatro do Estudante do Brasil (TEB), na encenação da peça Palmares, de Stella Leonardos. Quando decide empreender um espetáculo próprio constata que não há, na dramaturgia brasileira, textos que sirvam aos seus objetivos. Abdias do Nascimento descobre em O Imperador Jones, de Eugene O’Neill, o retrato mais aproximado da situação do negro após a abolição da escravatura. O autor cede gratuitamente os direitos e o grupo ensaia durante seis meses, tendo aulas de interpretação com o professor Ironildes Rodrigues em salas da União Nacional dos Estudantes (UNE). O espetáculo, dirigido por Abdias do Nascimento, estréia em maio de 1945 no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e obtém boa receptividade, com elogios ao protagonista, Aguinaldo Camargo.
O TEN procura estimular a criação de novos textos, que sirvam aos seus propósitos. Sua diretriz é a temática ligada à situação do negro. A falta de resposta à altura de suas expectativas faz Abdias do Nascimento encenar outro texto de Eugene O’Neill, Todos os Filhos de Deus Têm Asas, com a participação da atriz Ruth de Souza.
A primeira resposta à demanda dramatúrgica da companhia é o texto O Filho Pródigo, de Lucio Cardoso, encenado em 1947, com cenários de Tomás Santa Rosa, e protagonizado por Ruth de Souza e Aguinaldo Camargo. Ainda em 1947, participam de Terras do Sem Fim, de Jorge Amado, adaptação de Graça Mello, com direção de Zigmunt Turkov, montagem em colaboração com Os Comediantes. Em 1949, é a vez de Filhos de Santo, de José de Morais Pinho, selecionado entre os textos escritos especialmente para o TEN. Contendo muitos elementos da cultura religiosa negra e pinceladas de crítica social, a peça se baseia em uma situação maniqueísta em que uma jovem é enfeitiçada por um pai-de-santo vilão, que a rouba de seu amado. O espetáculo ocupa o Teatro Regina, com direção de Abdias do Nascimento e cenários de Tomás Santa Rosa. Em 1950, o TEN estréia Aruanda, de Joaquim Ribeiro, um dos poucos textos bem-sucedidos do repertório lançado pela companhia. Trata-se de uma lenda desenvolvida com recurso ao mistério e à sensualidade, sobre o amor entre Rosa Mulata e o Deus Gangazuma, com quem ela se encontra por meio de seu marido, que recebe o espírito do Deus. Embora aponte falhas estruturais na dramaturgia, o crítico Sábato Magaldi considera que a lenda “é um episódio de crença negra dos mais felizes proporcionados pela imaginação primitiva” e que traz “uma história de amor e ciúme de incontestáveis riquezas”.1
Abdias do Nascimento escreve Sortilégio para o TEN, encenada por Léo Jusi no Theatro Municipal, em 1957. Baseada numa história de amor que envolve um negro e duas mulheres, uma negra outra branca, a peça, cheia de elementos não realistas, como aparições, flash-backs e personagens que simbolizam o inconsciente coletivo, aborda a tomada de consciência do protagonista a respeito de sua alienação no mundo dos brancos. Embora tenha como ponto de partida uma premissa ideológica, o TEN não se volta para um teatro popular nem para a popularização de sua platéia, apresentando-se muitas vezes no Theatro Municipal, do Rio de Janeiro.
Abdias do Nascimento procura fazer o TEN ultrapassar os limites da função artística e empreender também uma ação social: cria um concurso de beleza para negras e um concurso de artes plásticas com o tema Cristo Negro. Em 1945, promove uma Convenção Nacional do Negro e, em 1950, o 1º Congresso do Negro Brasileiro. Em 1955, realiza a Semana do Negro. Edita o jornal Quilombo.
As atividades do TEN incentivam a criação de iniciativas semelhantes. No Rio de Janeiro, em 1950, Solano Trindade funda o Teatro Popular Brasileiro; em São Paulo, os grupos negros encontram na dramaturgia norte-americana uma fonte para suas encenações experimentais; Geraldo Campos de Oliveira funda também um Teatro Experimental do Negro, que se mantém em atividade durante mais de quinze anos e monta, entre outros, O Logro, de Augusto Boal, 1953; O Mulato, de Langston Hughes, 1957; Laio Se Matou, de Augusto Boal, direção de Raul Martins, 1958; O Emparedado, de Tasso da Silveira; e Sucata, de Milton Gonçalves, ambos em 1961.
Por duas vezes o TEN é impedido de participar de festivais negros internacionais pelo próprio governo brasileiro. Segundo a historiadora Miriam Garcia Mendes, no entanto, esses fatos não devem ser compreendidos apenas como fruto da discriminação racial: “… os movimentos de vanguarda, e o TEN era um deles, sempre enfrentaram grandes dificuldades, não só por falta de apoio oficial, como pela natural reação do público […] habituado às comédias de costumes inconseqüentes ou dramas convencionais”.2
O Teatro Experimental do Negro nunca atingiu a importância social que pretendia em seu tempo. Mas, em termos de história do teatro, significou uma iniciativa pioneira, que mobilizou a produção de novos textos, propiciou o surgimento de novos atores e grupos e semeou uma discussão que permaneceria em aberto: a questão da ausência do negro na dramaturgia e nos palcos de um país mestiço, de maioria negra.
Espetáculos – Teatro Experimental do Negro – TEN
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1944 – Rio de Janeiro RJ – Palmares
Palmares 1944 – Rio de Janeiro RJ – Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Autoria
Stella Leonardos
Direção
Esther Leão
Paschoal Carlos Magno
Direção (assistente)
José Jansen
Cenografia
Cláudio Roque Buono Ferreira
Elenco/Personagem
Aguinaldo de Oliveira (Zumbi)
Carolina Souto Mayor (Agnese Murri)
Daniel Caetano (Augusto)
Delorges Caminha (Castro Alves)
Ecyla Gilka Drummond (Mariquinhas)
Fernando Oscar de Araujo (Mensageiro)
Helio Tys (José)
Ida Gomes (Eugenia Câmara)
José da Silva (Empregado)
Lucia de Negreiros (Joana)
Margarida Galipiari Senna (Candinha)
Maria Maggyar (Denden)
Nazareth Lourdes (Adelaide)
Paulo Moreno (Luis Cornelio)
Tales de Moraes (Bené)
Participação especial
Teatro Experimental do Negro
Montagem
Teatro do Estudante do Brasil
1945 – Rio de Janeiro RJ – O Imperador Jones
O Imperador Jones
8 / 5 / 1945 – Rio de Janeiro RJ – Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Autoria Eugene O’Neill
Tradução
Ricardo Werneck de Aguiar
Direção
Abdias do Nascimento
Cenografia
Bianco
Trilha sonora
Abigail Moura
Iluminação
Bianco
Elenco/Personagem
Aguinaldo Camargo (Brutus Jones)
Arinda Serafim (Velha escrava – primeira montagem)
Fernando Oscar de Araujo (Jeff)
José da Silva (Feiticeiro do Congo)
José Medeiros (Smitters – segunda montagem)
Natalino Dionísio (Lem)
Ruth de Souza (Velha escrava – segunda montagem)
Sadi Cabral (Smitters – primeira montagem)
Wolf Harmisch (Smitters – terceira montagem)
Produção
Teatro Experimental do Negro
1946 – Rio de Janeiro RJ – O Moleque Sonhador
O Moleque Sonhador
9 / 12/ 1946 – Rio de Janeiro RJ – Teatro Regina
Autoria
Eugene O’Neill
Tradução
Ricardo Werneck de Aguiar
Direção
Willy Keller
Elenco/Personagem Abdias do Nascimento (O moleque sonhador)
Ilena Ferreira (Irene)
Marina Gonçalves (Culy Ann)
Ruth de Souza (Mammy Saunders)
Produção
Teatro Experimental do Negro
1946 – Rio de Janeiro RJ – Festival do 2º Aniversário do Teatro Experimental do Negro
Festival do 2º Aniversário do Teatro Experimental do Negro
9 / 12 / 1946 – Rio de Janeiro RJ
Autoria
Eugene O’Neill
Federico García Lorca
Graça Mello
Henry de Montherlant
Jorge Amado
William Shakespeare
Elenco/Personagem
Abdias do Nascimento
Aguinaldo Camargo
Graça Mello
Ilena Ferreira
Jackson de Souza
Luiza Barreto Leite
Maria Della Costa
Marina Gonçalves
Olga Navarro
Procópio Ferreira
Ruth de Souza
Ziembinski
Produção
Teatro Experimental do Negro
1946 – Rio de Janeiro RJ – Othello
Othello
9 / 12/ 1946 – Rio de Janeiro RJ – Teatro Regina
Autoria
William Shakespeare
Tradução
José Carlos Lisboa
Direção
Willy Keller
Elenco/Personagem
Abdias do Nascimento (Othello)
Cacilda Becker (Desdêmona)
Produção
Teatro Experimental do Negro
1946 – Rio de Janeiro RJ – Todos os Filhos de Deus Têm Asas
Todos os Filhos de Deus Têm Asas
15/ 7/ 1946 – Rio de Janeiro RJ – Teatro Fênix
Autoria
Eugene O’Neill
Tradução
Ricardo Werneck de Aguiar
Direção
Aguinaldo Camargo
Cenografia
Mário de Murtas
Elenco/Personagem
Abdias do Nascimento (Jim Harris)
Antonio Barbosa (Joe)
Eugene Rosencourt (Membro do Exército da Salvação)
Gualter Ferreira (Jim Harris criança)
Ilena Teixeira (Ella Downey)
João Melo (Shorty)
José Medeiros (Mickey)
Marina Gonçalves (Mme. Harris)
Marlene Silva (Ella Downey criança)
Ricardo Werneck de Aguiar (Membro do Exército da Salvação)
Ruth de Souza (Hattie)
Produção
Teatro Experimental do Negro
1947 – Rio de Janeiro RJ – Terras do Sem Fim
Terras do Sem Fim
8/ 8/ 1947 – Rio de Janeiro RJ – Teatro Ginástico
Autoria
Jorge Amado
Adaptação
Graça Mello
Direção
Zigmunt Turkov
Cenografia
Santa Rosa
Trilha sonora
Dorival Caymmi
Elenco/Personagem
Aguinaldo Camargo (Negro Damião)
Cacilda Becker (Margot)
David Conde (Azevedo)
Graça Mello
Jackson de Souza (Tonico Borges e Pai Jeremias)
Jardel Filho (Juca Badaró e Juiz)
José de Magalhães Graça (Viriato; Dr. Jessé)
Joseph Guerreiro (2º Trabalhador; Nhozinho; Argemiro e Escrivão)
Labanca (Maneca Dantas)
Margarida Rey (Don’Ana Badaró)
Maria Della Costa (Ester)
Nieta Junqueira (Professora)
Ruth de Souza (Felismina e Raimunda)
Sandro Polloni (Dr. Virgílio)
Tito Fleury (Cancioneiro Popular; Sinhô Badaró e Promotor)
Waldir Moura (1º Trabalhador; Firmo; Totônio e Meirinho)
Wallace Vianna (Velho Antônio e Capanga)
Yara Isabel (Dona Zefinha)
Ziembinski (Coronel Horácio da Silveira)
Produção
Os Comediantes
Teatro Experimental do Negro
1947 – Rio de Janeiro RJ – O Filho Pródigo
O Filho Pródigo
5/ 12/ 1947 – Rio de Janeiro RJ – Teatro Ginástico
Autoria
Lúcio Cardoso
Direção
Abdias do Nascimento
Cenografia
Santa Rosa
Figurino
Santa Rosa
Elenco/Personagem
Abdias do Nascimento (Pai)
Aguinaldo Camargo (Manassés)
Ana Maria (Peregrina)
Haroldo Costa (Peregrino)
José Maria Monteiro (Assur)
Marina Gonçalves (Salene)
Roney da Silva (Moab)
Ruth de Souza (Aila) – Prêmio Revelação
Produção
Teatro Experimental do Negro
1947 – Rio de Janeiro RJ – Recital Castro Alves
Recital Castro Alves
31/ 3/ 1947 – Rio de Janeiro RJ – Teatro Fênix
Direção
Abdias do Nascimento
Cenografia
Santa Rosa
Direção musical
Abigail Moura
Trilha sonora
Abigail Moura
Gentil Puget
Iluminação
Santa Rosa
Elenco/Personagem
Abdias do Nascimento (declama o poemas Adeus, Meu Canto e Sempre o Mesmo, de Langston Hughes)
Abdias do Nascimento (declama o poemas Adeus, Meu Canto e Sempre o Mesmo, de Langston Hughes)
Aguinaldo Camargo (declama o poema Navio Negreiro)
Elizabeth Nogueira (Coral)
Fernando Araújo (Coral)
Francisca Luiza (Coral)
Leda Maria (Coral)
Leopoldo Ferreira (Coral)
Manuel Claudiano Filho (Coral)
Marina Gonçalves (Coral)
Nair Gonçalves (Coral)
Natalino Dionísio (Coral)
Neuza Paladino (Coral)
Raul Soares (Coral)
Ruth de Souza (declama os poemas Vozes D’África, Lúcia e Mater Dolorosa)
Produção
Teatro Experimental do Negro
1948 – Rio de Janeiro RJ – A Família e a Festa na Roça
A Família e a Festa na Roça
6/ 12/ 1948 – Rio de Janeiro RJ – Teatro Ginástico
Autoria
Martins Pena
Direção
Dulcina de Moraes
Cenografia
Santa Rosa
Figurino
Santa Rosa
Elenco/Personagem
Abdias do Nascimento (Lavrador)
Aimée (Filha do Capitão-Mor)
Bibi Ferreira (Quitéria)
Carlos Couto (O Marido)
Dulcina de Moraes (A Dama)
Jardel Filho (Capitão-Mor)
Josef Guerreiro (Luiz Delfino)
Luiz Tito (Imperdor do Espírito Santo)
Nelson Penna (Lavrador)
Odilon (Pereira)
Olga Navarro (Angélica)
Palmeirim (Pregoeiro de Leilão)
Procópio Ferreira (Antônio do Pau d’Alho)
Rodolfo Mayer (Juca)
Ruth de Souza (A Mucama)
Sadi Cabral (Domingos João)
Sergio Cardoso (Inacinho)
Silveira Sampaio (Silva)
Yara Isabel (Joana de Conceição)
Produção
Serviço Nacional de Teatro
Teatro Experimental do Negro
1948 – Rio de Janeiro RJ – Aruanda
Aruanda
23/ 12/ 1948 – Rio de Janeiro RJ – Teatro Ginástico
Autoria
Joaquim Ribeiro
Direção
Abdias do Nascimento
Cenografia
João Eliseu
Santa Rosa
Trilha sonora
Leopoldo Ferreira
Elenco/Personagem
Abdias do Nascimento (Quelé)
Luís Soares (Moleque Benedito – primeira montagem)
Manuel Claudiano Filho (Ganga Zumba)
Renê Ferreira (Rosa Mulata – primeira montagem)
Ruth de Souza (Tia Zefa – primeira montagem, Rosa Mulata – segunda montagem)
Vandinha Dias (Moleque Benetido – segunda montagem)
Zeni Pereira (Tia Zefa)
Zeni Pereira (Tia Zefa – segunda montagem)
Produção
Teatro Experimental do Negro
1949 – Rio de Janeiro RJ – Filhos de Santo
Filhos de Santo
27/ 3/ 1949 – Rio de Janeiro RJ – Teatro Regina
Autoria
José de Moraes Pinho
Direção
Abdias do Nascimento
Cenografia
Santa Rosa
Elenco/Personagem
Abdias do Nascimento (Josias)
Antonio Barbosa (Lourenço)
Deise (Laurinda)
Luiza Barreto Leite (Lúcia)
Marina Gonçalves (Ana)
Natalino Dionísio (Roque)
Ruth de Souza (Lindalva)
Produção
Teatro Experimental do Negro
1949 – Rio de Janeiro RJ – Calígula
Calígula
26/ 7/ 1949 – Rio de Janeiro RJ – Teatro Ginástico
Autoria
Albert Camus
Tradução
Gerardo Melo Mourão
Direção
Eros Martim
Cenografia
Eros Martim
Elenco/Personagem
Abdias do Nascimento (Calígula)
Expedito (Hélicon)
Guilherme Batista Wanderley (Segundo Patrício)
Haroldo Costa (Cherea)
Joãozinho (Scipião)
Leopoldo Ferreira (Intendente)
Manuel Claudiano Filho (Patrício Velho)
Natalino Dionísio (Primeiro Patrício)
Ruth de Souza (Cesônia)
Produção
Teatro Experimental do Negro
1952 – Rio de Janeiro RJ – Rapsódia Negra
Rapsódia Negra
29/ 7/ 1952 – Rio de Janeiro RJ
Autoria
Abdias do Nascimento
Direção
Abdias do Nascimento
Coreografia
Joãozinho
Mercedes Batista
Elenco/Personagem
Benedito Macedo
Joãozinho
Léa Garcia
Manuel Claudiano Filho
Maria Tereza
Mercedes Batista
Nilce Cruz
Yeman Lima
Produção
Teatro Experimental do Negro
1953 – São Paulo SP – O Imperador Jones
O Imperador Jones
10/ 4/ 1953 – São Paulo SP – Teatro São Paulo
Autoria
Eugene O’Neill
Tradução
Ricardo Werneck de Aguiar
Direção
Abdias do Nascimento
Cenografia
Clóvis Graciano
Direção musical
Abigail Moura
Iluminação
Bianco
Elenco/Personagem
Abdias do Nascimento (Brutus Jones)
José Ézio (Jeff)
Léa Garcia (Velha escrava)
Manuel Claudiano Filho (Feiticeiro do Congo)
Marcílio Faria (Lem)
Paulo Costard (Smitters)
Produção
Teatro Experimental do Negro
1953 – São Paulo SP – O Filho Pródigo
O Filho Pródigo
2/ 5/ 1953 – São Paulo SP – Teatro São Paulo
Autoria
Lúcio Cardoso
Direção
Abdias do Nascimento
Elenco/Personagem
Abdias do Nascimento (Pai)
Ana Felimonov (Peregrina)
Aparecida Rodrigues (Selene)
José Ézio (Moab)
Léa Garcia (Aila)
Manuel Claudiano Filho (Assur)
Samuel dos Santos (Manassés)
Produção
Teatro Experimental do Negro
1954 – Rio de Janeiro RJ – Festival O’Neill
1954 – Rio de Janeiro RJ – Onde Está Marcada a Cruz
Onde Está Marcada a Cruz
11/ 1/ 1954 – Rio de Janeiro RJ – Teatro Dulcina
Tradução
Gerardo Melo Mourão
Direção
Abdias do Nascimento
Cenografia
Sorensen
Elenco/Personagem
Abdias do Nascimento (Capitão Jones)
Fredman Ribeiro (Dr. Higgins)
Léa Garcia (Suzana)
Orlando Macedo (Daniel)
Produção
Teatro Experimental do Negro
1956 – Rio de Janeiro RJ – Orfeu da Conceição
Orfeu da Conceição
25/ 9/ 1956 – Rio de Janeiro RJ – Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Autoria
Vinicius de Moraes
Direção
Léo Jusi
Direção (assistente)
Sanin Cherques
Cenografia
Oscar Niemeyer
Figurino
Lila de Moraes
Trilha sonora
Tom Jobim
Vinicius de Moraes
Coreografia
Lina de Luca
Elenco/Personagem
Abdias do Nascimento (Aristeu)
Adalberto Silva (Plutão)
Ademar Ferreira da Silva (Coro)
Amália Paiva (Mulher do morro)
Amoa (Maiorais do Inferno)
Baby (Maiorais do Inferno)
Célia Rosana da Silva Salles (Maiorais do Inferno)
César Romero (Maiorais do Inferno)
Ciro Monteiro (Apolo)
Cisne Branco (Maiorais do Inferno, Fúrias)
Cléa Simões (Mulher do morro)
Daisy Paiva (Eurídice)
Francisca de Queiroz (A Dama Negra)
Geraldo Fernandes (Homem da Tendinha)
Glória Moreira (Maiorais do Inferno, Fúrias)
Guiomar Elvira Pinto Ferreira (Mulher do morro)
Haroldo Costa (Orfeu da Conceição)
Hugolino de Sena Batista (Garoto Engraxate)
Ilzete Santos (Maiorais do Inferno)
Jacyra Costa (Mulher do morro)
Jaime Ferreira (Homem da Tendinha)
Jonaldo Felix (Coro)
Léa Garcia (Mira De Tal)
Luiz Clementino (O Cérebro, Coro)
Luiz Gonzaga (Coro)
Malú (Maiorais do Inferno, Fúrias)
Milka Costa Maia (Maiorais do Inferno, Fúrias)
Milton de Souza (Maiorais do Inferno)
Nilce Castro (Maiorais do Inferno, Fúrias)
Noviello (Garoto Engraxate)
Paulo Matosinho (Garoto Engraxate)
Pérola Negra (Proserpina)
Roberto Rodrigues (Maiorais do Inferno)
Waldemar Corrêa Bonfim (Coro)
Waldir Maia (Corifeu)
Zeny Pereira (Clio)
Produção
Teatro Experimental do Negro
Vinicius de Moraes
1957 – Rio de Janeiro RJ – Perdoa-me por Me Traíres
Perdoa-me por Me Traíres
19/ 6/ 1957 – Rio de Janeiro RJ – Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Autoria
Nelson Rodrigues
Direção
Léo Jusi
Cenografia
Cláudio Moura
Elenco/Personagem
Abdias do Nascimento (Dr. Jubileu de Almeida)
Dália Palma (Glorinha)
Gláucio Gill (Gilberto)
Léa Garcia (Enfermeira)
Nelson Rodrigues (Tio Raul)
Sônia Oiticica (Madame Luba/Tia Odete/Mãe)
Participação especial
Teatro Experimental do Negro
Produção
Gláucio Gill
1957 – Rio de Janeiro RJ – Sortilégio – Mistério Negro
Sortilégio – Mistério Negro
21/ 8/ 1957 – Rio de Janeiro RJ – Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Sonoplastia
Marcus Vinicius
Autoria
Abdias do Nascimento
Direção
Léo Jusi
Cenografia
Bianco
Figurino
Júlia Van Rogger (máscaras de Omulu)
Trilha sonora
Abigail Moura (Música litúrgica)
Coreografia
Ítalo de Oliveira (Danças rituais)
Elenco/Personagem
Abdias do Nascimento (Dr. Emanuel)
Amoa (Iaôs e Omulus)
Ana Pelusi (Iaôs e Omulus)
Conceição do Nascimento (Iaôs e Omulus)
Edi dos Santos (Iaôs e Omulus)
Helba Nogueira (Margarida)
Heloísa Hertã (Filha de Santo)
Ítalo Nogueira (Orixá)
Léa Garcia (Ifigênia)
Marlene Barbosa (Iaôs e Omulus)
Matilde Gomes (Filha de Santo)
Stela Delfino (Filha de Santo)
Produção
Teatro Experimental do Negro
Pesquisa
Cláudio Moura (Ídolos Africanos (Exus))
1957 – São Paulo SP – Sortilégio – Mistério Negro
Sortilégio – Mistério Negro
20/ 10/ 1957 – São Paulo SP – Theatro Municipal
Sonoplastia
Marcus Vinicius
Autoria
Abdias do Nascimento
Direção
Léo Jusi
Cenografia
Bianco
Figurino
Júlia Van Rogger (máscaras de Omulu)
Trilha sonora
Abigail Moura (Música litúrgica)
Coreografia
Ítalo de Oliveira (Danças rituais)
Elenco/Personagem
Abdias do Nascimento (Dr. Emanuel)
Amoa (Iaôs e Omulus)
Ana Pelusi (Iaôs e Omulus)
Conceição do Nascimento (Iaôs e Omulus)
Edi dos Santos (Iaôs e Omulus)
Helba Nogueira (Margarida)
Heloísa Hertã (Filha de Santo)
Ítalo Nogueira (Orixá)
Léa Garcia (Ifigênia)
Marlene Barbosa (Iaôs e Omulus)
Matilde Gomes (Filha de Santo)
Stela Delfino (Filha de Santo)
Produção
Teatro Experimental do Negro
Pesquisa
Cláudio Moura (Ídolos Africanos (Exus))
Notas
1. MAGALDI, Sábato. Aruanda. Diário Carioca, Rio de Janeiro, 22 jul. 1950.
2. MENDES, Miriam Garcia. O negro e o teatro brasileiro (1889 e 1892). São Paulo: Hucitec, 1993. p. 51.
Fontes de Pesquisa
DIONYSOS. Rio de Janeiro: Serviço Nacional de Teatro, n. 28, 1988. Número especial sobre o Teatro Experimental do Negro.
MENDES, Miriam Garcia. O negro e o teatro brasileiro (1889 e 1892). São Paulo: Hucitec, 1993. 207 p.
NASCIMENTO, Abdias do. Teatro negro no Brasil: uma experiência sócio-racial. Revista Civilização Brasileira. Rio de Janeiro, n. 2, 1968. Caderno Especial.