União Africana condiciona reconhecimento do CNT à formação de governo de coligação

“O CNT confundiu os negros (líbios) com os mercenários. Para o CNT, todos os negros são mercenários”, acrescentou o presidente da Comissão da UA.

Addis Abeba, Etiópia (PANA) – A União Africana (UA) apenas reconhecerá o Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbio se ele afirmar claramente a formação dum Governo de coligação que agrupará todos os Líbios, declarou em Addis Abeba, na Etiópia o presidente da Comissão da organização pan-africana, Jean Ping.

A UA reuniu-se sexta-feira para abordar a situação política na Líbia sem reconhecer o CNT.

Segundo a UA, a continuação dos combates nalgumas partes do país é inútil e apenas faz prolongar os sofrimentos da população, tendo apelado às partes a pôr termo aos confrontos.

“Os dois campos deverão pôr termo aos massacres porque eles já nada servem. Um campo perdeu, outro ganhou. Devemos agora pensar na transição, na reconciliação e na elaboração duma nova Constituição”, declarou Ping segunda-feira na capital etíope.

Falando à imprensa, ele deplorou o facto de o Ocidente ter ignorado a posição da UA na busca de solução pacífica da crise, denunciando o rumo reservado aos negros pela CNT.

“O CNT confundiu os negros (líbios) com os mercenários. Para o CNT, todos os negros são mercenários”, acrescentou o presidente da Comissão da UA.

Fonte: África 21

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