Dados são repassados pelo Conselho de Direitos Humanos LGBT, a partir de relatório do Grupo Gay da Bahia
Por Jobison Barros e Tatianne Brandão , do Gazeta Web
Dados foram repassados pelo Conselho de Direitos Humanos LGBT
FOTO: DÁRCIO MONTEIRO
Alagoas é o quinto estado que mais mata gays no país e o terceiro do Nordeste, conforme dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), repassados pelo vice-presidente do Conselho Municipal de Direitos e Cidadania LGBT, Roberto Silva, durante uma reunião dos Direitos Humanos na manhã desta sexta-feira (1º), no Palácio República dos Palmares, no Centro.
De acordo com informações de Roberto, até julho deste ano, foram registrados 11 casos, sendo seis casos de transfobia (dois travestis e quatro gays). Para ele, o Conselho de Cidadania do Município faz ações voltadas à conscientização da população no que diz respeito a essas violências.
“Temos feito eventos, ido a academias e escolas para falar das questões de gênero, da identidade, das questões que permeiam esse universo contra a população LGBT. A gente tem dado a cara à tapa. Nós não deixamos de ter direito por ter uma identidade de gênero diferente; não somos doentes, somos pessoas normais, e tudo começa com educação e respeito”, explica o presidente.
Dados foram repassados pelo Conselho de Direitos Humanos LGBT
FOTO: DÁRCIO MONTEIRO
Ainda segundo ele, o Grupo Gay da Bahia confirmou que Alagoas é o quinto estado do país que mais mata gays e o terceiro na Região Nordeste.
Presente à reunião, o presidente da Comissão de Direitos Humanos na Câmara dos Deputados, Paulão (PT), explicou que o preconceito e a intolerância contribuíram para os casos de violência, o que é fruto da intolerância.
“Quando teve o prenúncio do Nazismo, o público LGBT sofreu com isso, foi vitima, e não somente, os judeus. Toda vez que há falta de diálogo, acontece isso. Estamos atravessando um momento da Democracia muito complicado. Portanto, a comissão cobra às autoridades competentes o seu papel. Ao final das discussões, faremos um relatório a ser encaminhado ao Ministério Público, Ministério da Justiça e Presidência da República”, destacou Paulão.