O número de inquéritos policiais abertos para apurar crimes contra a população LGBT cresceu 41% no ano passado em São Paulo, em comparação com o ano anterior, segundo balanço da Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância).
Em 2011, foram abertos 24 inquéritos -que investigaram, principalmente, casos de lesão corporal dolosa e injúria-, contra 17 em 2010. Embora as investigações policiais sobre crimes desse tipo tenham crescido em 2011, o número de boletins de ocorrências daquele ano foi de 30 -dez a menos que os 40 registrados em 2010.
Em 2011, a quantidade de BOs sobre crimes contra a população LGBT ficou atrás dos referentes a crimes raciais. A delegada do Decradi, Margarette Barreto, diz que só um caso não foi solucionado.
A luta contra homofobia é tema da Parada Gay deste ano, cujo lema será “Homofobia tem cura: educação e criminalização”. Os manifestantes reivindicam aprovação do projeto de lei 122/06, há seis anos tramitando no Senado, que criminaliza a homofobia. Também querem a aplicação do projeto Escola Sem Homofobia, voltado a professores da rede pública.
Durante o evento da Parada Gay, a única ocorrência de crime de homofobia foi em 2009, na concentração após o evento, quando uma bomba caseira explodiu no centro e feriu ao menos 22 pessoas.
Neste ano, haverá 1.500 PMs e 600 guardas metropolitanos, além de 12 policiais da Decradi à paisana.
Ontem, durante a 12ª Feira da Diversidade Cultural LGBT, no vale do Anhangabaú, igrejas cristãs aproveitaram para tentar angariar fieis. Ao menos quatro delas montaram suas barracas no evento que antecede a parada.
Fonte: Vermelho