‘Parada Gay mostra a cidade como antenada’, diz presidente da SPTuris

Ele participou de coletiva de imprensa sobre evento em São Paulo.

Parada está marcada para a tarde deste domingo, na Avenida Paulista.

Por:Rafael Sampaio

O presidente da São Paulo Turismo (SPTuris), Marcelo Rehder, disse na manhã deste domingo (10) que a Parada do Orgulho LGBT é importante para o turismo da capital paulista. “É um dos eventos que mais atrai estrangeiros para a cidade. Sabemos que todos os hotéis no Centro de São Paulo estão lotados, muita gente vem para cá. A Parada mostra a cidade como moderna, antenada, criativa e também diversa”, disse.

Ele participou nesta manhã da coletiva da 16ª edição da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) de São Paulo, evento que acontece nesta tarde na Avenida Paulista. Além dele, participaram da entrevista a senadora Marta Suplicy, a deputada estadual Leci Brandão, o deputado federal Jean Willys, o presidente da Associação da Parada, Fernando Quaresma, o prefeito Gilberto Kassab, a secretária de Justiça Eloísa Arruda e a delegada Margarete Barreto.

O presidente da associação chorou durante a coletiva. “Os direitos humanos não devem ser usados como moeda de troca, porque são princípios irrevogáveis e inegociáveis. Convidamos a todos, políticos, imprensa, os ativistas LGBT, que nos acompanhem todo ano em uma agenda positiva e propositiva na luta contra a homofobia. É isso que fazemos todo ano na Associação da Parada LGBT”, disse Fernando Quaresma.

A delegada Margarete Barreto, da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), disse que a polícia trabalhará para que o evento seja tranquilo. “Temos mais de 1,5 mil policiais trabalhando para que não haja ataque à luta dos gays daqui [Parada Gay]. Estamos lutando junto com vocês. Não é brincadeira, é a luta de uma vida. São 19 anos lutando por um mundo mais justo, mais inclusivo, para que nós sejamos todos respeitados”, afirmou.

A secretária estadual da Justiça, Eloísa Arruda, disse que haverá um novo canal para denúncias de homofobia. “Agora, no mês de maio, firmamos parceria com a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] para que cada posto da OAB no Estado de São Paulo seja um receptor de denúncias de homofobia”, contou.

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A senadora Marta Suplicy lamentou que discussões contra a homofobia não avancem. “A primeira parada ocorreu na Praça Roosevelt por causa dos skinheads. Hoje, estamos fazendo a parada 16 anos depois com o mesmo motivo, contra a homofobia. Hoje vivemos um retrocesso no âmbito do Congresso e no âmbito de uma parcela da sociedade. Quando queremos pautar algo [no Congresso], vemos que eles estão muito organizados contra essas pautas”, disse. “Pode demorar um pouco mais ou um pouco a menos, mas os direitos não vão retroceder. O mundo caminha pra frente.”

Já o prefeito Gilberto Kassab afirmou que a parada vem se modernizando. “A cada ano uma festa com mais participação, com mais apoio dos órgãos governamentais, dar a oportunidade de todos se manifestarem. Alem do ponto de vista da economia, que é inegável o benefício da cidade, tem o benefício político”, afirmou o prefeito.

Evento

A 16ª edição da Parada espera reunir cerca de 3,5 milhões de pessoas na região da Avenida Paulista. A concentração para o evento, em frente ao Masp, começou às 10h. O primeiro trio sai às 12h, de acordo com a Associação da Parada do Orgulho LGBT. Serão ao todo 14 trios elétricos, sendo três deles oficiais, comandados pela Associação: o primeiro carro, o sétimo e o último.

O primeiro trio a passar pela Avenida Paulista irá apresentar o tema da Parada deste ano: “Homofobia tem cura: educação e criminalização – preconceito e exclusão, fora de cogitação”. O sétimo trio, segundo a organização, deve trazer mensagens positivas sobre a manifestação da identidade LGB. Já o último carro irá trazer uma campanha a favor do casamento homossexual, com integrantes vestidos de noivos e noivas.

A Parada LGBT sai do Masp, na Avenida Paulista, e segue no sentido Consolação. Os trios entram na Rua da Consolação e descem até a Praça Roosevelt, onde ocorre a dispersão. São ao todo 3,5 km de percurso. O último trio deve entrar na Rua da Consolação até as 16h e chegar às 18h na Praça Roosevelt, quando termina o evento.

Em 2011, a Parada LGBT reuniu 4 milhões de pessoas, sendo 83,8% residentes na cidade de São Paulo. Neste ano, a expectativa é ter um público de pelo menos 3,5 milhões de pessoas, mas não há previsão de contagem oficial de participantes.

 

 

 

Fonte: G1

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