As estratégias para promover a empregabilidade de jovens e a produtividade da indústria por meio de seus sistemas educacionais foi tema de debate entre representantes do Brasil, Coreia do Sul, Holanda e Rússia, nas áreas de Educação e Ciência e Tecnologia nesta sexta-feira (14).
Do GGN
Uma carta aberta foi assinada pelo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, junto a representantes desses países para incluir o ensino técnico na Agenda Global de Educação.
O encontro fez parte do programa de conferências da WorldSkills 2015. A carta relaciona oito objetivos a cumprir, para que a educação profissional possa ocupar a esteira das políticas e estratégias para o desenvolvimento socioeconômico.
As principais propostas são: aperfeiçoar a articulação entre governo, setor produtivo, família e mídia para a promoção e valorização da educação profissional; ofertar cursos que integrem teoria e prática, com foco no desenvolvimento cognitivo e das competências profissionais em acordo com as demandas dos meios produtivos; desenvolver e fortalecer programas para atender aos adultos e trabalhadores que já passaram por uma qualificação profissional inicial; incentivar e promover a mobilidade estudantil em intercâmbios profissionais e participação em competições de capacidade técnica.
Conferência
O painel foi o mais concorrido de toda a programação de conferências e teve na plateia a presença de mais de 20 ministros e vice-ministros de Estado de diversos países, secretários estaduais e reitores dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia.
Janine Ribeiro apresentou aos conferencistas a organização do sistema educacional brasileiro, com um recorte na estrutura da educação profissional. O ministro destacou a possibilidade de acesso dos jovens e trabalhadores por meio da redes de educação profissional públicas e privadas.
Ações do Pronatec
No campo das estratégias brasileiras, o ministro destacou a eficácia e o alcance do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “Antes, até 2011, tínhamos várias iniciativas dispersas de qualificação profissional por parte do governo federal, era até difícil mensurar e avaliar”, lembrou.
“O Pronatec resolveu esse problema, expandiu as redes físicas de educação profissional e promoveu a interiorização e o aumento de vagas para qualificação profissional. O Pronatec não é apenas um programa para a qualificação profissional, ele tem um forte vetor de inclusão social.”
De acordo com dados do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec), o Pronatec realizou, entre os anos de 2011 e 2014, mais de 8,1 milhões de matrículas em cursos de formação inicial e continuada e técnicos.
Ao falar dos novos desafios para o programa, Janine Ribeiro lembrou a projeção do Pronatec para o quadriênio 2015-2018, de ofertar mais 12 milhões de vagas em articulação com o Plano Nacional de Educação (PNE). As metas incluem triplicar a oferta de cursos técnicos e garantir a oferta de ensino profissional para, no mínimo, 25% dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos.
Na conferência, o ministro voltou a destacar que a valorização do ensino profissional é fundamental. “O ensino técnico tem a grande vantagem de inserir, de forma rápida e com qualidade, o jovem e o trabalhador no mercado de trabalho. É importante para o crescimento profissional e para o aumento da competividade do parque produtivo.”