‘Cabelo Ruim?’ volta à escola

Um estímulo ao uso de materiais lúdicos para trabalhar o tema com os alunos. Uma reflexão sobre a posição pessoal de cada professor quanto às questões raciais. Estas são algumas das metas do projeto Pixaim: Trançando ideias na escola, que finalizará a primeira das oficinas de leitura do livro “Cabelo Ruim?”, da jornalista Neusa Baptista, na próxima terça (27), às 17h.

A atividade reunirá cerca de quarenta professores da escola estadual Souza Bandeira, que iniciaram a oficina na última terça (20). Em novembro, a escola também receberá oficina de tranças afro, voltada a alunos e professores.

Na terça será realizada leitura comentada do livro, atividades de interpretação e os professores responderão a uma pesquisa organizada por Neusa Baptista sobre as manifestações de preconceito no ambiente escolar. Os professores também vão propor atividades pedagógicas para serem realizadas com o uso do livro.

Para a coordenadora da escola, Aparecida Bandeira, a oficina é uma oportunidade para ampliar a visão dos educadores sobre a discriminação racial, o que refletirá diretamente sobre o seu trabalho com os alunos. “Todos nós somos frutos de uma sociedade racista, portanto essa discussão sobre preconceito racial não se restringe a uma disciplina. Tendo mais informações e ampliando sua visão sobre o tema, os professores poderão trabalhar melhor também com as crianças”.

Na próxima sexta (30), será a vez dos professores da escola Nossa Senhora Aparecida, no bairro Novo Colorado, participarem da ação. Além da oficina de leitura, a escola receberá um workshop de tranças afro e um kit pedagógico com base no livro.

Para novembro, estão previstas também ações na escola estadual Hermelinda de Figueiredo, no bairro Coophema, e na escola municipal Maria Tomich, no bairro Ribeirão do Lipa. Segundo Neusa Baptista, esta é uma tentativa de levar para os educadores a Literatura como ferramenta para tratar, de forma lúdica, a questão do racismo. “Espero que o projeto contribua para, pelo menos, suscitar novas ideias sobre o preconceito por parte dos educadores. E que isso reflita em sua forma de lidar com o tema dentro e fora da escola”.

A ação é patrocinada pela Fundação Nacional de Artes (FUNARTE) do Ministério da Cultura por meio do edital Microprojetos da Amazônia Legal, e conta com o apoio do CTAD (Centro Terapêutico de Atenção Diária), da Federação dos Trabalhadores na Indústria de Mato Grosso e do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Mato Grosso.

Da assessoria

Foto: Ascom

Fonte: Circuito Mato Grosso

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