Capes desenvolve projeto para estudantes da região amazônica

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) está desenvolvendo um projeto para levar estudantes de graduação da região amazônica para atuarem em projetos de iniciação científica em universidades de outras regiões do país. Segundo o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, o projeto funciona no período de férias dos estudantes e tem o objetivo de despertar o interesse desses alunos para que sigam os estudos e se titulem mestres e doutores. A intenção é que o projeto comece até, no máximo, as férias do fim deste ano.

Imagem: HP LIBRARY

– Estaremos treinando os próximos mestres e doutores. Eles já começam a ter interesse. O estudante que fizer isso duas, três, quatro vezes durante a graduação, já sabe o que vai fazer no mestrado dele – explica Guimarães. A intenção é que mesmo quem se titule em outros estados, volte e se fixe na própria região. “Fixar profissionais de outros estados na região amazônica é uma grande dificuldade. Queremos aperfeiçoar os programas das universidades na região para que tenhamos mais alunos de lá”.

O estudo Mestres 2012: Estudos da Demografia da Base Técnico-Científica Brasileira, informa que, de 1996 a 2009, foram concedidos na Região Norte, 7.778 títulos de mestre. O número é o menor do Brasil. A Região Sudeste, concentra o maior número de títulos, com 196.220 no mesmo período.

Em relação aos programas de mestrado, a região também apresenta o menor número. Em 2009, eram 119 programas, contra 1.346 na Região Sudeste. Apesar de ter apresentado o maior crescimento desde 1996, 341%, em números absolutos, a região ainda tem poucos programas.

Com o intercâmbio institucional, os estudantes de graduação terão a oportunidade de conhecer outras universidades do país. A Capes fará um levantamento dos alunos interessados e em quais áreas atuam. A partir daí, buscará institutos de educação superior para receberem esses estudantes. Não existe uma região ou estado prioritário. Os estudantes devem receber uma bolsa para que possam passar o período em outra cidade. O valor deve ser o de uma iniciação científica, em torno de R$ 400.

Além dessa iniciativa, a Capes incentiva a fixação de pós-graduandos na região por bolsas de estudo e por associação de cursos mais qualificados com outros com uma qualificação menor, para que o de mais baixa qualificação possa se aprimorar com a troca de conhecimento, o chamado mestrado e doutorado interinstitucional.

 

Fonte: Correio do Brasil

+ sobre o tema

Conae SP: Delegados criticam falta de tempo para discussão em etapas municipais e intermunicipais

Em segunda cobertura especial sobre a Conae, o Observatório...

Crítica: Marilena Chaui terá sua obra publicada em nove volumes

  Os "Escritos de Marilena Chaui" começam agora a ser...

Violência é o maior problema para pais, alunos e professores da escola pública

Pesquisa conclui que, no estado de São Paulo, progressão...

para lembrar

Estudante da USP é eleita presidente da UNE

Filiada ao PCdoB, Virgínia Barros quer aumentar a pressão...

Menino chamado de ‘Félix’ por professora vai mudar de escola

A mãe do menino de 11 anos que foi...

USP, UFSC e VEDUCA lançam 1º MBA on-line e gratuito

A USP (Universidade de São Paulo), a UFSC (Universidade...

UFRB abre concurso para contratar mais de 60 professores

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) está...
spot_imgspot_img

Educação dos ricos também preocupa

É difícil imaginar o desenvolvimento de uma nação sem a participação ativa dos mais abastados. Aqueles que, por capricho do destino, nasceram em ambientes...

Inclusão não é favor

Inclusão não é favor. Inclusão é direito! Essa é a principal razão pela qual ações voltadas à promoção da equidade racial devem ser respeitadas, defendidas e...

Promessa de vida

O Relatório do Desenvolvimento Humano, divulgado nesta semana pelo Pnud, agência da ONU, ratificou a tragédia que o Brasil já conhecia. Foi a educação que nos...
-+=