Chefes da América Latina dão adeus a Mandela

Bogotá – Presidentes latino-americanos expressaram pesar pela morte do ex-presidente sul-africanoe Nelson Mandela na noite desta quinta-feira (5). O colombiano Juan Manuel Santos, o mexicano Enrique Peña Nieto e o venezuelano Nicolás Maduro enviaram mensagens pelo microblog Twitter. O presidente da Bolívia, Evo Morales, falou sobre Mandela em um pronunciamento.

Nicolás Maduro postou uma foto de Mandela e escreveu: “Nelson Mandela, até a vitória sempre! Líder dos povos que lutam. Da Venezuela, enviamos nosso amor”. O presidente venezuelano também lembrou que a data da morte do líder africano coincide com os nove meses da morte de Hugo Chávez, falecido no dia 5 de março.

“Há nove meses da partida de nosso comandante, hoje outro gigante dos povos do mundo se foi. Madiba viverá para sempre!”, disse.

Juan Manuel Santos, que lidera um processo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), exaltou o papel pacificador de Mandela. “Lamentamos profundamente a morte de Nelson Mandela. Seu legado se mantém como nosso guia para alcançar a paz”, postou no Twitter.

Em sua conta no microblog, Enrique Peña Nieto lamentou em nome do México, a morte de Mandela enviando condolências ao povo sul-africano. “A humanidade perdeu um lutador incansável em favor da paz, da liberdade e da igualdade. Descanse em Paz, Nelson Mandela”, declarou.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, manifestou “profunda tristeza” pela morte do ex-presidente da África do Sul. Em um pronunciamento, na cidade de Cochabamba, Morales falou da importância de Mandela como ativista dos direitos humanos e que ele foi o símbolo da luta mundial contra o racismo.

“Ninguém se esquecerá do avanço dos povos desde a sua vitória, marcada pela queda do apartheid, tampouco de sua luta na prisão para melhorar o seu país”, disse Morales.

Presidentes africanos

Paulo Victor Chagas*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, disse que a morte de Nelson Mandela “criará um enorme vazio que será difícil de preencher” no continente africano. Ao lamentar a morte do ex-presidente sul-africano, Jonathan disse que Mandela “será sempre lembrado e homenageado por toda a humanidade, como um dos seus maiores libertadores, um líder sábio, corajoso e um ícone da verdadeira democracia”. O líder nigeriano descreveu ainda Mandela como “uma fonte de inspiração para os povos oprimidos de todo o mundo”.

O chefe de Estado de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, classificou Mandela como um “revolucionário humanista”, um “amante da liberdade” e uma das “figuras marcantes” do século passado. Em entrevista à agência cabo-verdiana de notícias Inforpress, Fonseca disse que Mandela marcou de forma “muito relevante” a história da África e do mundo, participando “heroicamente” na luta contra o apartheid, contra a segregação racial e pela igualdade de direitos no país que governou.

“Esta é uma faceta muito importante de Mandela, que é a de quem lutou com dedicação, com firmeza por ideias nobres, pela justiça, pela liberdade, pelos direitos de todos, que sofreu prisão em defesa desses interesses muito nobres, mas que quando alcança o poder se mostra magnânimo, mesmo para os seus opressores, por força de um percurso atravessado por amor à liberdade pelo sentido de humanismo extremamente forte”, disse.

Leandra Felipe Correspondente da Agência Brasil/EBC

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