Conferência Nacional de Educação começa neste domingo (28) em Brasília

Começa neste domingo (28), às 18h, a Conae (Conferência Nacional de Educação), que vai discutir os principais temas da educação brasileira, do ensino infantil à pós-graduação. O evento ocorrerá até o dia 1º de abril, em Brasília.

Do R7

A abertura da Conae contará com a participação do ministro da Educação, Fernando Haddad, e dos secretários do MEC (Ministério da Educação), entre outros convidados.

 

Durante quatro dias, os participantes vão debater a criação do Plano Nacional de Educação, um documento que define as metas e estratégias para a educação no país nos próximos dez anos (de 2011 a 2020). O plano passará, depois, por votação no Congresso Nacional e sanção presidencial.

 

São esperados mais de 2.500 delegados (gestores, professores, estudantes, servidores, conselheiros e pais de alunos), além de cerca de 500 convidados.

 

Já existe um documento-base que irá orientar as discussões. Esse texto foi preparado por cerca de 400 mil pessoas, que fizeram conferências regionais ao longo de 2009. Ao todo, foram realizados 2.258 encontros, segundo dados do MEC (Ministério da Educação).

A Conae promete ter debates acalorados de temas polêmicos, como cotas nas universidades e piso salarial dos professores.

 

Histórico

 

Ainda é grande o questionamento em torno do Plano Nacional da Educação que foi criado em 2001 e que está atualmente em vigor. Poucas metas foram atingidas – exatas 33%, segundo dados preliminares divulgados recentemente.

 

O PNE é um documento que estabelece tudo aquilo que o país precisa fazer para que a educação atinja níveis desejáveis de investimentos, qualidade, quantidade de vagas nas escolas e universidades, entre outros.

 

O atual plano estabelece, por exemplo, que 30% dos jovens estejam matriculados no ensino superior. Mas o país só tinha 13% deles nesse nível em 2008. Alguns avanços também foram registrados, como o aumento do número de matrículas de crianças na pré-escola, que deve chegar a quase 80%.

 

Independentemente dos resultados, o que muitos especialistas constatam é que o plano foi desconsiderado no país.

 

Dermeval Saviani, professor emérito da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e especialista em política educacional e história da educação brasileira, é categórico: o plano foi “solenemente ignorado”.

 

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