Decisão sobre Enem afeta 99,9% que não têm nada a ver, diz Haddad

Justiça Federal do CE decidiu anular 13 questões do Enem em todo país.

Divulgação/Enem

Ministério da Educação vai recorrer.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse durante o programa Roda Viva da TV Cultura, ao vivo, que a decisão da Justiça Federal do Ceará de anular 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em todo o país afeta 99,9% dos estudantes que não têm qualquer relação com o que ocorreu em uma determinada escola no Ceará.

O programa começou por volta das 22h desta segunda-feira (31) quando já havia sido anunciada a decisão da Justiça de anular as questões que foram antecipadas pelo Colégio Christus de Fortaleza. A decisão é válida para todo o Brasil. O Ministério da Educação informou que vai recorrer da decisão entre quinta-feira (3) e sexta-feira (4).

Durante o programa, o ministro disse que a decisão do juiz Luís Praxedes Vieira da Silva, da 1ª vara da Justiça Federal do Ceará, foi mais sóbria do que a de outros juízes em anos anteriores, mas a melhor solução não seria esta.

“Entendo que o que ocorreu no Ceará foi uma situação isolada e a melhor solução seria a de reaplicar a prova somente aos alunos beneficiados por esta ação delituosa ou cancelar as questões somente desses alunos. A solução é isolar o problema, cancela-se cirurgicamente”, diz Haddad.

Haddad afirmou que o episódio do vazamento das questões dos cadernos de pré-testes foi “lastimável.” “Se não pudermos contar com educadores para um projeto educacional contaremos com quem?” Em entrevista à TV Globo no dia 27 de outubro, Fernando Haddad, disse que professores do Colégio Christus, de Fortaleza, reproduziram e distribuíram dois dos 36 cadernos de pré-teste e distribuíram aos alunos com a recomendação de que não divulgassem.

Questionado sobre a série de problemas e falhas que marcaram o Enem há três anos, desde que ele se tornou um dos canais de acesso ao ensino superior, o ministro diz que não é possível compará-los. “Ninguém está confortável com isso. Em 2009 [quando houve furto das prova] não sei como o Inep sobreviveu. Neste ano, foi uma tentativa de fraude, nos anos anteriores não. Foi uma tentativa de burlar o teste para fazer a média de uma escola subir, pelo que tudo indica.”

Fonte: G1

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