O Movimento Negro, a União dos Negros pela Igualdade (Unegro), o Diretório Central dos Estudantes e Associação de Moradores de diversas regiões da cidade vão fazer uma ampla frente de mobilização para a implantação de sobrevagas na UFMT.
O presidente do Movimento Negro de Rondonópolis, Antutérpio Dias Pereira, o Téo, afirmou que o sistema de sobrevagas já foi aprovado pela UFMT em 2003 e até hoje não foi implantado. “Nós estamos cobrando justamente isso”, disse.
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foi a primeira no país a sinalizar para a política de sobrevagas para o acesso de vestibulandos negros pobres, brancos pobres e índios. “Temos que deixar bem claro que não se trata de cotas e sim sobrevagas que é diferente”, disse.
As cotas, no caso, destinam uma porcentagem das vagas pré-existentes e as sobrevagas fazem ao contrário. Ampliam em 30% as vagas na universidade justamente para atender índios, negros pobres e brancos pobres. “Essa questão de definir quem é pobre temos condições de fazer utilizando números da ONU ou IBGE”, salienta o presidente do Movimento Negro.
Ele ainda explicou que uma das ações é um abaixo-assinado que está sendo feito. A ideia é buscar mais de 10 mil assinaturas. O abaixo-assinado feito para a implantação das sobrevagas em 2003 conseguiu 6 mil assinaturas.
Fora isso, o Ministério Público já foi procurado para questionar o porquê da não implantação das sobrevagas na UFMT. “A informação que tivemos é que o caso já foi repassado para a Justiça Federal”, completou Téo.
Fonte: Guia do Estudante