Entrevista: Lázaro Ramos fala de quarentena, política e cultura

Desde que começou o confinamento, em março último, Lázaro Ramos tem cumprido a quarentena em sua casa, no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro, com a mulher Taís Araújo e os dois filhos, Maria Antônia e João Vicente. O casal de artistas, que teve seu trabalho interrompido, assumiu todas as tarefas da casa. O período de isolamento, Lázaro tem aproveitado para repensar a vida, refletir sobre diversas questões.

Nesta conversa exclusiva com o CORREIO, o artista fala sobre a pandemia, arte, cultura, política, solidariedade, carreira, futuro, passado, família, amigos e a saudade da mãe que perdeu há cerca de 20 anos e que, segundo ele, continua a guiar e abrir seus caminhos. Com vários projetos profissionais suspensos e sem previsão de retomada, ele não se queixa. Ao contrário, tenta entender o recado de Deus, da Natureza, dos Orixás, “a depender qual seja a sua crença”. Para ele, momento é de refletir e avaliar tudo, inclusive o estilo de vida.

Você tem usado as redes sociais nesta quarentena para conversar com o público, através de lives. O que esse contato direto com as pessoas tem representado para você?

Antes da pandemia, eu não tinha feito muitas lives. Quando começou, eu fiz uma live com um médico para fazer perguntas, que eram minhas também, e poder amplificar algumas respostas dele. Entendi que no momento que a gente vive havia várias outras questões e, como é uma rede que tem muitos seguidores, resolvi fazer essas lives pra contribuir, pra ser útil neste momento. Depois descobri um projeto, voltado para os empreendedores autônomos, para divulgar o trabalho deles nesse momento de dificuldade.

A sensação é mista, eu sei que é uma voz importante, que está colaborando com as pessoas nesse momento, mas por outro lado, eu tenho que me manter firme porque sei que quando as pessoas falam comigo esperam um acolhimento e nem sempre, no meio de uma live, eu estou no maior astral, ou as pessoas me dizem coisas que me deixam com o astral bom. As vezes fico extremamente emocionado com a situação das pessoas, mas entendo que o momento é de contribuir das formas que são possíveis.

Qual a maior lição que você tem tirado desse momento?

Eu não consigo tirar nenhuma lição, ainda. Quando isso começou, que a proposta era o confinamento, a primeira mensagem que me veio foi de que era o momento da gente entender o recado, e eu sempre pensava que poderia se um recado de Deus, dos Orixás, da Natureza, seja lá qual for a sua fé, mas que era um momento de recolhimento para a proteção. E quando você se recolhe, fica com sua família, com seus filhos, e esses momentos sozinho, acho que é o momento de olhar pra dentro, pro seu núcleo familiar, sua individualidade e sua contribuição no mundo ou não. Só que, ao mesmo tempo, isso vem com a coisa de que muitas pessoas não podem ficar confinadas, então a mensagem fica embaralhada.

Aí vem aquela mensagem, que não é nova, que é olhar para desigualdade que existe, que não possibilita que todos tenham esse privilégio de ficar confinado. Então, neste momento, eu não estou conseguindo saber qual é a lição que tem. Espero que quando tudo isso acabar tenha sido um tempo de aprendizado. Por ora, eu estou em ação. Talvez, a lição seja reafirmar o que eu acredito há muito tempo. Por exemplo, eu não sou pessimista nem otimista, sou uma pessoa da ação, eu faço, eu trabalho, não sei o resultado final, se vai mudar o mundo com isso, mas eu acredito que não dá para ficar imobilizado. Isso na verdade é reafirmar algo que eu aprendi pequeninho na casa de Tia Helenita, minha tia-avó, que está com 95 anos e que sempre foi uma mulher de ação e que passou isso para toda a nossa família.

Li um comentário de Taís Araújo dizendo que a casa de vocês é muito grande, que não precisam de tanto espaço. Esse é um momento em que a gente avalia tudo mesmo? Acredita que as pessoas estão repensando suas vidas, estilo de vida, de mudanças?

Taís falou uma coisa muito bonita nessa entrevista que ela deu, eu li essa entrevista. A gente na verdade está repensando nosso modelo de vida há muito tempo e esse momento de agora reafirmou isso. Foi bonito o que ela disse que foi “a minha origem pobre, à medida que a gente vai conquistando as coisas, a gente vai celebrando essas vitórias e, às vezes, isso se expressa no carro que a gente tem, na roupa que a gente usa, na casa que a gente tem”. E neste momento, não tem como a gente não pensar “onde é que é eu deposito a minha realização? Isso basta? É isso que expressa realmente?”.

Claro que ninguém quer ter uma vida onde não consiga ter a possibilidade de ter conforto, sossego, colaborar com a família e com as pessoas que estão próximas, mas isso se põe em xeque agora que a gente vê que em um segundo nossa vida pode mudar e nada disso tá garantido, e algumas coisas que se conquista não são reais garantias, né? Reafirmar os valores que, de novo voltando a dona Helenita – na casa de Dindinha moravam vários primos e o que valia ali era o senso comunitário , o respeito ao espaço do outro, afetividade, limite carinho, solidariedade – e isso, na casa, na Rua Miguel Lemos, num pequeno beco, numa casa de três quartos, onde moravam várias pessoas, e que vivíamos na comunhão da família, retorna agora. Quando Tais falou na entrevista eu absorvi essa reflexão também.

Você tinha acabado de estrear a peça O Método Grönholm — Em Busca de um Emprego, como diretor, quando a crise estourou. Como foi lidar com esse adiamento e como avalia a situação de toda a cadeia produtiva das artes diante da falta de trabalho e o que fazer para essa roda voltar a girar dentro dessas limitações às quais fomos todos impostos?

Ficou uma semana em cartaz e essa peça, antes do ano que vem, que é uma peça que dirigi com Mariana Xavier também, e outros projetos, eu já estava mudando o formato de produção, já estávamos de forma coletiva, o jeito de financiar já tinha mudado, e a gente já estava tentando se adaptar para um crise que já vem de muito tempo. Agora, quando essa crise se instala de vez, não sabemos como será pós-pandemia, não sei se as pessoas vão voltar ao cinema, se estão com saudade e vão voltar, ou se os novos protocolos de segurança vão fazer com que atrase aí volta para cinema, para teatro, acredito que novos formatos de entretenimento vão aparecer, acho que os espaços vão ser resignificados, mas principalmente, o que este momento traz é uma certeza de que a arte é importantíssima na vida das pessoas.

Você vê que o que mais as pessoas estão fazendo pra ter saúde mental, se entreterem, relaxarem, se sentirem acolhidas, é consumir arte, consumir produção artística, então isso é algo pra gente observar também, é o momento, o futuro eu não sei como será, mas a força e a importância da arte, se destacam grandemente, neste momento.

Lázaro e elenco da peça O Método Grönholm suspensa logo após a estreia (Foto: Chico Cerchiaro)

Qual o papel do governo nessa questão e como acha que tem sido a atuação deste na proteção dessa categoria que, no Brasil, estima-se que sejam mais de 500 mil trabalhadores?

O papel de sempre, do governo que a gente sonha, que a gente almeja, ver quais são as verdadeiras necessidades da sociedade e atuar. Inclusive estando pronto para mudar os formatos, de acordo com as demandas da sociedade, acho que esse é um conceito geral. Entender que a sociedade é diversa, que tem necessidades diversas, tem camadas da população que tem necessidades e urgências diferentes, e ter a capacidade e competência de se adaptar e reduzir os danos, sempre pensando no coletivo.

Pensando mais especificamente na cultura, mas eu acho importante pensar na sociedade toda, que tem as mais diversas demandas, pensar na cultura também, neste momento, é também compreender que é uma indústria que movimenta e que gera muitos empregos, que não é somente quem está em cima do palco, é a pessoa que está atrás, que costura, que vende alimentos, que proporciona transporte, é toda uma cadeia produtiva que vai chegando em outros espaços, em outras famílias, em outros sustentos, sem falar no potencial que a cultura é.

A gente sabe disso, a gente vem de um país onde a cultura é pilar fundamental e difundida no mundo todo, e aí, gosto sempre de falar, citando um pouco, falando desde a cultura que está nos grandes teatros ou nos cinemas de shoppings, mas na cultura que está nos palcos de bairro, nas expressões artísticas mais populares e que ocupam as ruas e se transformam em grafite, ou que vão pra um teatro de médio porte, um show musical, isso tudo está no nosso dia-a-dia e essa economia da cultura nem sempre é vista, e ela precisa ser preservada também porque além do entretenimento ela também gera empregos, são vários profissionais que dela dependem. É um alicerce fundamental de nossa sociedade.

Pegando esse gancho, como você vê a atual situação política cultural no Brasil que antecede a pandemia, como a extinção do Ministério da Cultura, esvaziamento da Ancine, censura a projetos, Regina Duarte como secretária de Cultura?

Eu vejo perversa, sem estratégia e com um formato bastante equivocado. Eu falo isso porque tenho consciência que o Brasil é gigantesco e que é um desafio mesmo você proporcionar a nação ideal. O que eu vejo como a nação ideal? A nação que compreende que é uma nação de desejos variados, de formas variadas e identidades variadas. E isso com certeza não é o projeto de percepção que está em voga. E essa compreensão é importante porque a cultura é um mercado estratégico para este país, gera muita renda, movimenta muita renda, está situada em tantos lugares – acho que sempre que a gente dá entrevista deve falar que, existe sim os grandes cantores, os de grandes palcos, os da televisão, mas que está também espalhada nos bairros, na pintura, no grafite, músicos… e tudo isso se espalha por várias famílias.

E a política brasileira? Como você, como um artista popular, assiste aos últimos acontecimentos?

Eu vejo a política brasileira atual como personalista, revanchista, e sem projeto. Eu não estou entendendo, não estou percebendo quem são os políticos que estão entendendo quais são as potências do Brasil e trabalhando para que elas apareçam e se desenvolvam, infelizmente. E mais ainda, tem uma narrativa do ódio que faz com que a gente se atrase.

A gente tem perdido muito tempo brigando entre nós, na sociedade civil, enquanto o país não cria um projeto real. A gente tá brigando pra saber quem tem razão e não brigando para saber como é que potencializa educação, tecnologia, saúde, trabalho de prevenção, e a gente tem vivido mais uma confusão do que um desenvolvimento, e isso é uma pena. Fico ansioso para o momento em que a gente volte a conversar em prol real do país e não da razão, de projetos que são mais de destruição do que ressignificação e reconstrução, e é isso que eu acho que o país precisa agora. É um momento triste!

Você acha que o artista, que tem poder de influenciar as pessoas, deve se manifestar politicamente, emitir suas opiniões ou isso não é uma obrigação dele?

Eu acho que ele pode, se fizer sentido para ele, se tiver conteúdo pra isso e se vier recheado de uma verdade, porque eu sinto que as pessoas que escutam os artistas, os influenciadores, elas querem perceber um sentido real naquilo que estão dizendo porque senão pode ser um tiro que sai pela culatra. Claro que sempre tem consequências, cada posicionamento, cada coisa que se fala tem grande vigilância, às vezes milícia digital, que a pessoa tem que ter força emocional e política também, para enfrentar esse momento. Mas, vários artistas que se posicionaram politicamente em algum momento da história deste país, várias vezes abriram a minha cabeça para pontos de vista que eu não tinha encontrado, porque vinha por outro afeto que eu tinha e que vinha do trabalho dele. Agora é um momento de disputa de narrativa onde tudo será questionado e é preciso ter um pouco de sabedoria para lidar com isso.

Lázaro Ramos e Taís Araújo em cena no espetáculo O Topo da Montanha (Foto: Jorge Bispo/Divulgação)

Você e sua mulher são muito engajados politicamente na defesa da igualdade racial. Você acha que evoluímos nessa questão, que temos, mesmo que devagar, obtido algumas conquistas ou essa dívida histórica está longe de ser quitada?

Essa é a pergunta que não dá para responder em poucas linhas. Para falar sobre isso eu gosto de falar de um movimento que me deixa muito feliz, eu vejo expressões de autoestima que se revelam no modo de vestir, de pentear, na postura de estar no mundo, vejo várias expressões de jovens que entraram na universidade, que trazem outro ponto de vista, outras percepções e ocupam esse lugar, vejo diagnósticos feitos através de internet, que iluminam várias questões, que são de cobrança também, mas ao mesmo é mostrando a potência de coisas que ficaram inviabilizadas durante muito tempo. E isso é importante para a nossa evolução, mas a gente ainda tem muito que caminhar.

Queria só fazer uma provocação, porque esta coisa de quitar dívida, tem uma outra questão que é importante a gente falar que é sobre as potências, a gente é um país que tem muitas necessidades, e a gente não pode jogar potência fora, eu acho que esse exercício, e o trabalho para identificar as potências, criar caminhos para que elas se expressam, é algo necessário. O Brasil precisa apoiar e desenvolver seus talentos, precisa dessa força que muitas vezes fica no meio do caminho. É um viés também econômico, tecnológica e de desenvolvimento. Acho importante fazer também esse exercício porque já passou da hora da gente entender que existe potências e valores em todos os lugares e que a gente pode trabalhar para que isso apareça.

Em 2016 você rejeitou a Comenda Abdias Nascimento, entregue anualmente pelo Senado àqueles que contribuem para a proteção e promoção da cultura afro-brasileira. O que o levou a abdicar do prêmio?
Porque não fiquei confortável, porque achei que não era momento de celebração, mas de conscientização, é…

O filme Medida Provisória, que marca sua estreia como diretor de um longa-metragem, teve sua estreia mundial cancelada em função da pandemia. Como foi essa experiência atrás das câmeras e quando poderemos assistir ao filme?

Essa experiência atrás das câmeras foi muito boa, fiquei muito feliz, foi a coroação de um processo da minha formação como diretor começou há muitos anos, aí em Salvador, quando eu dirigi meu primeiro infantil, mas o filme consolida uma linguagem que eu tento aplicar nos meus projetos, que é usar os elementos de aproximação, como o humor, como a emoção, que está presente no meu livro Na minha pele, no Topo da montanha (espetáculo que dirigi e encenei com Thaís), e o filme, eu e a equipe, estamos muito orgulhosos dele. Quando ele entrou no site, as pessoas que viram, a resposta foi positiva, e é uma pena que a gente tenha precisado adiar, mas estou me conformando e acreditando que virá num momento ideal. É um filme que diverte, que faz rir, que emociona e que traz reflexões, como as coisas que gosto de fazer quando sou o proponente dos meus projetos.

Quais outros projetos que você estava tocando que foram suspensos?

Na verdade, todos. Meus projetos de incentivo a leitura, meus projetos ligados a educação e literatura, tinha livros pra lançar, um adolescente e um infantil, os projetos de visitas a escolas, que uma coisa gosto muito de fazer, para conversar com os estudantes, que eu gosto muito de fazer, tanto de primeira infância quanto os de segundo grau, duas peças que dirigi e fiz de forma coletiva. Mas ao falar sobre todas essas expressões que foram suspensas, eu entendo que é o momento também. Claro que tem o prejuízo financeiro, vamos ter que inventar novos formatos pra fazer, mas como faço parte desse coletivo, que é a Nossa Sociedade, estou entendendo que também será o momento de encontrar outras prioridades.

Tenho feito reuniões constantes, pra entender como viabilizar isso no futuro, mas ao mesmo tempo eu entendo que o meu trabalho agora é outro, é o da informação, do acolhimento, da doação, do cuidado com a minha família, com os meus amigos, com quem eu não conheço. Acho que a solução para o que a gente vive nesse momento passa por renovar as prioridades e o que a gente vai fazer, é o que estou vivendo agora e mais pra frente vou entender como solucionar os problemas que virão.

Que planos profissionais você tem pela frente? O programa Espelho vai continuar?

O Espelho ia ser gravado agora, num formato comemorativo dos 15 anos, que ainda nem vou contar porque não sei se vai acontecer, porque foi suspenso. Eu e o Canal Brasil estamos conversando pra ver se a gente faz ele de forma virtual, mas aí tem que encontrar qual seria o formato porque esse formato das lives já está saturando, porque é a única coisa que sobrou. Então a gente está tentando entender qual é a voz do Espelho e se é possível fazer, ou se não teremos o Espelho este ano.

Lazaro entrevista Antonio Fagundes no Espelho, programa que faz há 15 anos (Foto: reprodução/ TV Brasil)

Você é um artistas inquieto e multifacetado. Passeia pelo teatro, cinema, TV, literatura, e agora tem investido no trabalho de direção que, segundo você já revelou, tem gostado de estar do outro lado. Esse é o papel que você quer encarar no futuro?

Antes da pandemia eu dizia muito que meu papel seria de produtor e diretor, eu estava fazendo essa transição, o trabalho como ator me deixa muito feliz, mas achava que ia para esse outro caminho. Hoje eu não sei qual o caminho, eu não sei pra onde vou, mesmo porque as minhas profissões estão inevitavelmente colocadas em xeque, como é que a gente vai exercê-las. O desejo está aqui, contar histórias é o que mais me dá prazer na vida, criar narrativas é o que mais me faz sentir útil, revelar vozes através da arte, que muitas vezes ainda não apareceram, e em novos formatos, é o que mais me faz permanecer como artista, mas o futuro virá contaminado deste momento que a gente viveu e eu não sei o que serei, não sei qual será o título que terei daqui pra frente. Mas com certeza vai ser contando história porque isso está em mim desde que nasci e vivia nas rodas de conversas lá na Ilha do Paty com minha família, vendo eles provocarem aproximações através de histórias reais e inventadas.

Sei que tem uma comunidade de artistas baianos que se reúne sempre em sua casa. Wagner Moura, Vladimir Brichta etc, como tem sido ficar longe dos amigos?

Não é só a comunidade de artistas – claro que meus amigos queridos Vlad (Vladimir Brichta), Marcelo Flores, Alethea Novaes, Luís Miranda, são amigos queridos e que fazem parte da classe artística), mas a saudade é de todos, dos meus amigos do Bando (de teatro Olodum), dos amigos do Garcia, que são muito presentes na minha vida e que a gente tem matado as saudades com conversas por telefone e mensagens, da minha família, das minhas tias mais velhas, eu que sou apegado a elas, não estar por perto, dar abraços, dar um beijo, tem doído muito. Meus amigos da equipe técnica que também são amigos, integram esse rede de afetos que é gigante e que está se ressignificando agora, através do mundo virtual. E eu que sempre fui muito crítico ao tempo excessivo na internet, em celular, agora vejo que estamos transformando isso numa maneira de manter os nossos laços e se cuidar também. Temos chorado as nossas perdas juntos, temos conversado bobagens, pra esquecer um pouco e temos oferecido o ouvido quando um precisa. E alimentando essa vontade de dar um abraço, um beijo, de celebrar, quando tudo isso passar.

Você já revelou que tem experimentado muito na cozinha. Como tem sido essa atuação e qual o prato que você considera ser a sua especialidade?

Eu não tenho uma especialidade, estou aproveitando pra inventar prato, ou então pegar uns pratos que eu não sabia fazer e fazer. Meu pai me passou um prato outro dia, uma receita de como fazer frigideira e eu fiz e deu certo, estou aproveitando para aprender coisas novas, mas sem me obrigar também à perfeição.

Amanhã é Dia das Mães, sua mãe se foi há mais de 20 anos, e sei que ela ainda é uma presença muito forte em sua vida. O que você diria pra ela neste dia?

Minha mãe! Ah! Minha mãe! Ela se foi muito cedo, lembro dela todos os dias, nos momentos de alegria, de tristeza e é uma falta que é eterna. Ela inclusive não viu o que aconteceu comigo na minha profissão, mas eu tenho a sensação de que ela me protege e abre os meus caminhos. Levar a vida com essa percepção torna os momentos desafiadores mais fáceis. Eu tive a sorte de ter tido outras mulheres na minha vida, que são mães, onde eu pude me sentir acolhido, como minha avó de 95 anos, Dindinha, que não teve filho da barriga, mas que criou 19 crianças, durante um tempo na minha vida eu vivi com ela. Então, eu sou uma pessoa muito grata, por mesmo na ausência de minha mãe, o espelho que ela me deixou no tempo em que passou na terra, ficaram presentes em mim para sempre, o exemplo de mulher que ela foi, o bom humor que ela sempre tinha, a trabalhadora que ela era, e a mulher carinhosa que sempre me estimulou durante a passagem dela aqui na terra.

E como é Taís Araújo como mãe de João Vicente e Maria Antônia?

Tais como mãe é linda, ela exerce na maternidade dela como ela faz as outras coisas, ela é agregadora, carinhosa, justa e é muito bonito ver essa formação que não é estanque, que não é fixa, é sempre de transformação a cada demanda que aparece na criação dos nossos filhos.

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