Geledés inaugura Centro de Documentação e Memória Institucional (CDMI) que resgata os 34 anos de legado da instituição

Artigo produzido por Redação de Geledés

O espaço, localizado na sede da organização, no centro de São Paulo, disponibiliza rico material voltado às temáticas de raça, gênero e direitos humanos

No dia 29 de abril, o Geledés – Instituto da Mulher Negra inaugura o Centro de Documentação e Memória Institucional (CDMI), biblioteca que abriga o acervo histórico e a produção institucional produzida ao longo de 34 anos.

O Centro de Documentação foi concebido tendo como perspectiva a importância do resgate da memória dos fazeres políticos, culturais e sociais da população negra, em especial das mulheres negras. 

Centro de Documentação e Memória Institucional (CDMI)/ Foto: Cat Tenorio

O acervo disponibiliza inúmeros títulos voltados às temáticas de raça, gênero, feminismo negro, movimentos sociais, diáspora negra, direitos humanos, sexualidade, história da África, saúde, infância, além de contar com títulos da literatura e do direito.

A documentação bibliográfica física encontra-se disponível na sede do Geledés, no centro de São Paulo. A biblioteca conta com acomodações para que os usuários realizem suas leituras e pesquisas, além de um auditório onde serão realizadas atividades que dialogam com as lutas políticas defendidas pela instituição.

Fruto da produção institucional de três décadas, o material de Geledés, composto por textos em versão digital, encontra-se no Arquivo Edgard Leuenroth (AEL), do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), da Universidade de Campinas (Unicamp) onde estão recebendo tratamento para sua preservação e conservação.

Os registros de fotos, vídeos e áudios, de trabalhos realizados pela instituição ao longo das últimas três décadas também foram preservados. Com apoio do Google.org – braço filantrópico do Google, que contribuiu com o trabalho por meio de um fundo voltado a projetos relacionados à equidade racial no Brasil –, além da criação do CDMI, foi possível fazer um resgate de mais de dois mil arquivos, 300 deles já digitalizados. 

Esse material poderá ser acessado em exposições virtuais no Google Arts & Culture, disponível para acesso nos próximos meses. Uma parte do material resgatado pode ser acessada na websérie documental de nove episódios, Geledés – Caminhos e Legados, a ser lançada no dia 29 de abril, no Canal do YouTube, com direção de Day Rodrigues.

 “A criação do Centro de Documentação e Memória Institucional de Geledés representa a conclusão de um ciclo vivido por nossa organização e, ao mesmo tempo de abertura de outro, para os novos desafios e perspectivas que a trajetória de Geledés vem ensejando”, afirma a diretora e fundadora do Geledés, Sueli Carneiro.

No sentido de fomentar pesquisas e novos projetos, o Centro estará fazendo parcerias com instituições educacionais nacionais e internacionais.

Para acessar o Centro de Documentação e Memória Institucional de Geledés em São Paulo é necessário realizar agendamento prévio. Para isso, envie uma mensagem via whatsapp para o telefone (11) 3333-3334.

Serviço

Endereço: R. Santa Isabel, 137 – Vila Buarque. CEP: 01221-010. São Paulo – SP.

Horário de funcionamento: 9h às 18h

Para mais informações: (11) 3333-3334

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