Testamento de Mandela lido ontem pelo Tribunal Constitucional sul-africano
A última vontade do histórico líder da África do Sul, Nelson Mandela, foi publicada, ontem, pelo Tribunal Constitucional daquele país, numa cerimónia que é descrita pela imprensa local como tendo sido emocionante. No testamento, Nelson Mandela deixou clara a sua vontade, fazendo uma descrição pormenorizada de cada beneficiário da sua herança.
Graça Machel, última esposa de Madiba, por lei, fica com metade dos bens declarados, tendo em conta que casou em regime de comunhão geral dos bens. Assim, de acordo com a lei sul-africana, a moçambicana tem 90 dias para contestar ou aceitar a fortuna.
Mandela tratou ainda de distribuir dinheiro por todos os filhos de Samora Machel. Malengane Machel e Josina Machel, filhos de Graça, ficam com três milhões de rands cada, equivalentes a nove milhões de meticais. Os restantes seis filhos de Samora, fora do casamento com Graça, ficam com 100 mil rands cada, cerca de 150 mil meticais.
Graça poderá abdicar da metade dos bens. Aliás, a imprensa internacional já avança essa possibilidade. O público cita os advogados dela a referir que Graça poderá ficar apenas com os bens descritos no testamento: três imóveis e uma quinta em Moçambique; todos os veículos automóveis que são usados pela viúva; todas as jóias por ela usadas; todo o dinheiro nas contas bancárias registadas em nome de Graça.
Das suas propriedades na África do Sul, três foram legadas à fundação familiar “Nelson Rohlilala Mandela Family Trust”, entre elas, a casa na qual está enterrado, em Qunu, a de Joanesburgo, onde recebeu cuidados médicos em Houghton.
Além dos familiares directos, Mandela decidiu oferecer dinheiros aos seus nove empregados com os quais passou os últimos dias. Cada um vai receber 50 mil rands, equivalentes a cerca de 150 mil meticais.
Graça Machel