Negras e negros correspondem a 24,8% das pessoas que acessam a pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) no Brasil (PNAD), o que evidencia as dificuldades deste grupo para o acesso, a permanência e a conclusão dos processos escolares. A trajetória escolar de alunas e alunos negras demonstra que os sistemas de ensino têm contribuído para a reprodução das assimetrias raciais, o que na pós-graduação se expressa pela reduzida presença de corpos negros, bem como pela negação e depreciação de sua cultura e conhecimentos.
Frente a necessidade de ações que enfrentem o racismo e ampliem a diversidade racial na pós-graduação, ANIS e Geledés realizam uma proposta de orientação acadêmica voltada para o ingresso de estudantes negras e negros na pós-graduação stricto sensu, como forma de contribuir para a superação da desigualdade racial nas universidades.
O acompanhamento terá como objetivo promover a troca de saberes e experiências entre professoras e professores tutores e candidatas e candidatos negros interessados em pleitear vagas de mestrado ou doutorado em programas de pós-graduação nacionais ou internacionais.
As atividades terão foco na construção do projeto de pesquisa e na orientação das etapas previstas no edital de seleção do programa escolhido. As candidatas e candidatos não serão preparados para as provas teóricas escritas ou orais.
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