Homofóbico, racista, misógino (termo que define aquele que tem ódio, desprezo ou repulsa ao gênero feminino) e atrevido foram os adjetivos atribuídos pelo diário francês Le Monde, na edicão desta sexta-feira (12), a Jair Bolsonaro (PP), deputado eleito com mais votos pelo estado do Rio de Janeiro.
O Le Monde contou o episódio ocorrido na última terça-feira (9) no plenário da Câmara, após a apresentação do relatório da Comissão Nacional da Verdade, que revelou uma lista de 377 responsáveis por graves violações aos direitos humanos durante a ditadura militar, incluindo tortura e estupros. Jair Bolsonaro, que é militar da reserva, negou que houve crime de estupro durante o regime, dizendo para a ministra de Direitos Humanos, Mário do Rosário: “Eu não estupraria você mesmo, você não merece…”.
O jornal ressaltou que, após chocar o país com a declaração, em vez de pelo menos pedir desculpa pela grosseria feita no Congresso Nacional, o deputado divulgou o vídeo em suas redes sociais, como se se orgulhasse do feito.
Para o Le Monde, Jair Bolsonaro gosta de ser apresentado como um homem que incomoda as pessoas, um homem que fala as coisas que pensa e que se sente perseguido por partidos, mas, na verdade, o deputado quer interpretar uma caricatura.
O jornal Intercept classificou Bolsonaro como “uma vergonha nacional única” no Brasil. “Ele tem uma longa história de racismo revoltante, homofobia e outras formas variadas de fanatismo”.
Ainda de acordo com o Intercept, Bolsonaro é a face mais extrema e repelente de uma tentativa ressurgente da direita para arrastar o país na direção oposta à civilidade. Bolsonoro defende, por exemplo, o uso da tortura para traficantes e sequestradores.
Fonte: Mat News Leitão