Lei de combate ao bullying passa a valer em escolas particulares e públicas

Uma nova lei pretende conscientizar, prevenir e combater o bullying nas escolas públicas e privadas do Distrito Federal. O texto foi publicado nessa terça-feira, no Diário Oficial.

iStockphoto

A Lei Nº 4.837, que foi decretada pela Câmara Legislativa e sancionada pelo governador, define bullying como violência física ou psicológica intencional e continuada “com o objetivo de agredir, intimidar, humilhar, causar sofrimento e dano físico ou moral à vítima”. Comportamentos que se enquadram nesse quadro são muitos, e vão desde agressão física à manipulação de um colega, indução ao preconceito, e isolamento do aluno.

Ainda segundo a lei, qualquer pessoa que tomar conhecimento de uma vítima de bullying pode formalizar a denúncia junto à direção da escola, na Secretaria da Educação, no Conselho Tutelar, no Ministéiro Público ou na Polícia Civil.

O texto prevê a realização de pesquisas para identificar causas e consequências do bullying. A capacitação dos professores e pedagogos para identificar e lidar com esse tipo de violência, e a exigência dos estabelecimentos privados de realizarem programas de prevenção ao bullying são outras demandas.

Pelo decreto, serão necessários conselhos de segurança escolar para organizar seminários, palestras e debates, e também a distribuição de material didático especializado.

Na prática

O coordenador do Centro Especial de Ceilândia, Leonardo Jesus Mendes, acredita que a lei vai ajudar muito na luta diária dos docentes contra o bullying. Ele conta que na instituição que atende portadores de necessidades especiais, existiam muitos casos de preconceito. Em uma ação conjunta com os pais, alunos e orientadores, o quadro está aos poucos mudando.

Na escola em que Leonardo atua, são organizados encontros de pais e de alunos, assim como eventos com palestras e peças de teatro, para conscientizar os alunos da visão inclusiva da escola. Ele considera que esse trabalho gera resultados a longo prazo, e precisa de empenho das pessoas envolvidas.

Para ele, o resultado pode ser maior, agora que existe o amparo legal. “Com o embasamento jurídico é possível conversar com mais propriedade com os pais e os alunos”.

 

 

 

Fonte: Correio Braziliense

+ sobre o tema

Tudo sobre o Enem 2024: o que pode levar, como são as provas, datas e mais

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 será aplicado nos...

Capoeira se torna disciplina pedagógica nas escolas de Belo Horizonte

A capoeira vai ser parte do currículo das escolas...

PUC recebe inscrições para mais de 40 formações gratuitas, 100% online, com certificado

A Pontifícia Universidade Católica – PUC, do Rio Grande...

para lembrar

Nota pública sobre a aprovação da Lei 12696/12

  PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS   NOTA PÚBLICA DO CONANDA Sobre...

Escolas exigem compra de materiais proibidos

  As escolas não podem incluir na lista de material...

Ailton Krenak recebe título de Doutor Honoris Causa pela UnB nesta quinta (12)

O líder indígena Ailton Krenak receberá da Universidade de...
spot_imgspot_img

Inscrições para vestibular da Unesp se encerram nesta quinta-feira; são 6.596 vagas em 24 cidades do estado de SP

As inscrições para o vestibular 2025 da Universidade Estadual Paulista (Unesp) podem ser feitas até esta quinta-feira (10). O exame oferece 6.596 vagas em...

Tudo sobre o Enem 2024: o que pode levar, como são as provas, datas e mais

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 será aplicado nos dias 3 e 10 de novembro em todo o país. A edição tem mais de...

Escola quilombola recria jogo de xadrez com personagens históricos para valorizar a ancestralidade

Nasci, cresci e moro na Comunidade Quilombola Canabrava, no município de Flores de Goiás (GO). Por aqui, vivem cerca de 450 pessoas. Goiânia, capital...
-+=