Literatura estimula criatividade e tolerância, diz escritora infantil

Por: Wellton Máximo, da Agência Brasil

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Escritora de livros infantis, Alessandra Roscoe promove sessão de autógrafos na 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura e defende o estímulo à leitura desde cedo (Foto: Elza Fiúza/ABr)

Brasília – Por cerca de cinco minutos, uma cantiga infantil tomou conta  da Esplanada dos Ministérios. Acompanhando a música do violão, pais e crianças cantarolavam as façanhas de Jacaré Bilé, livro que conta a história de um jacaré com fama de dorminhoco que acorda só depois que o sol se põe.

Assim terminou a apresentação da jornalista e escritora Alessandra Roscoe na 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, em Brasília. Por meio de músicas, rimas e representações, ela fez o público brincar de imaginar à medida que prosseguia com o que considera uma missão: estimular o interesse pela leitura desde a infância.

“Uma criança que lê desde pequena se torna um adulto mais aberto, capaz de enxergar o outro com olhar mais democrático, reconhecendo e respeitando as experiências alheias”, diz Alessandra. Segundo ela, a literatura não apenas estimula a criatividade como permite exercer a imaginação ao extremo. “A gente precisa de fantasia para aguentar o tranco do mundo real”, acredita.

Com 12 livros escritos mais duas participações em coletâneas, Alessandra busca inspiração na convivência com os filhos para as histórias. Para atrair a atenção da criançada, vale apelar para todos os sentidos, mas sem perder de vista o conteúdo. “Ilustrações, cantigas, poesia, o livro infantil precisa ter algo a mais, mas sem deixar de contar uma história envolvente e, antes de tudo, estimular a leitura por prazer”, explica.

Para Alessandra, é importante estimular a leitura desde cedo, de preferência desde a barriga da mãe. Ela participa de grupos de leitura com gestantes, com bebês e com crianças pequenas. Os pais que aderiram ao método aprovam a experiência.

A professora universitária Silmara Carvalho, de 45 anos, lê para o filho Júlio Afonso, de 6 anos, desde a gestação. “É importante para o jovem viver o imaginário, inventar e acrescentar. Quem lê desde cedo entra na universidade com bagagem cultural”, diz Silmara. Ela tem um filho de 18 anos que, segundo ela, também foi criado em meio aos livros e, até hoje, cultiva o hábito da leitura.

A fisioterapeuta Viviane Leoncy, 37 anos, também estimula o gosto pelos livros na filha de 7 anos. Para ela, a literatura na infância ajuda a formar adultos versáteis e inovadores. “Quem desenvolve a criatividade desde pequeno consegue estar no meio de uma sinuca e saber como vai se virar depois que cresce”, declara. Segundo ela, um dos programas favoritos da filha é ir a livrarias nos fins de semana.

Fonte: Correio do Brasil

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