Mesmo após divulgar imagens do suspeito, Tricolor não escapa de punição no STJD. Advogado considera multa ‘muito rigorosa’ e promete recorrer da decisão
O Paraná Clube recebeu uma multa de R$ 30 mil em julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na tarde desta sexta-feira. A punição é uma consequência do caso de racismo durante jogo contra o São Bernardo, no início do mês, na Vila Capanema, pela Copa do Brasil.
O Tricolor tinha sido denunciado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito” e corria o risco de levar multa de até R$ 100 mil.
O clube chegou a divulgar imagens das câmeras de segurança que mostravam o responsável por chamar o zagueiro Marino, do time paulista, de “macaco”. Ele errou a entrada de acesso e, depois, pediu informações. O Tricolor também revelou que ele havia entrado no estádio com um ingresso de cortesia. Isso, segundo o diretor de futebol tricolor, Celso Bittencourt, deixava claro que ele não era nem torcedor do Paraná.
O presidente tricolor, Rubens Bohlen, e o delegado da Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol (DEMAFE), Fábio Pereira, participaram da defesa para mostrar o que havia sido feito durante as investigações. Apesar disso, o clube não escapou da punição no STJD. O Tricolor, porém, promete recorrer da decisão para, pelo menos, reduzir o valor da multa, considerada muito rigorosa pelo advogado Itamar Cortes:
– Recebemos uma multa de R$ 30 mil. Poderia ser de até R$ 100 mil. Mas, ainda assim, consideramos muito rigorosa. Vamos preparar um recurso para tentar pelo menos diminuir esse valor – afirmou o advogado do clube, por telefone, ao GloboEsporte.com.
O relator do processo no STJD redige o acórdão, e, a partir disso, o Paraná terá três dias para entrar com recurso. O julgamento dele deverá ocorrer dentro de 15 ou 20 dias.
Fonte: Globo Esporte