Justin Fashanu tem a partir desta quarta-feira o seu nome no Hall of Fame do Museu Nacional do Futebol, em Manchester.
Justin Fashanu, o primeiro futebolista profissional inglês a assumir a sua homossexualidade, foi homenageado esta quarta-feira com a inclusão do seu nome no Hall of Fame do do Museu Nacional de Futebol, em Manchester.
O antigo avançado, que esta quarta-feira faria 59 anos, entrou na história do futebol inglês quando numa entrevista ao jornal britânico The Sun, em 1990, revelou que era homossexual. Esta confissão pública fez com que a sua carreira entrasse imediatamente em declínio, tendo inclusive sido obrigado a emigrar para o Canadá.
Antes do anúncio que abalou a comunidade do futebol e a própria sociedade inglesa, Fashanu era considerado um jogador com um talento sublime e que se destacava pelos golos que marcava, um deles ficou célebre e foi obtido quando representava o Norwich, num jogo com o Liverpool, que acabou por ser considerado o melhor golo da época 1979-80.
Em março de 1998, devido a uma acusação de abuso sexual a um jovem de 17 anos, no estado de Maryland, nos Estados Unidos, Justin Fashanu regressiou a Inglaterra, onde acabou por se suicidar Shoreditch, arredores de Londres, deixando uma mensagem que se tornou pública: “Ser homossexual e ser uma figura pública é tão difícil.”
Amal Fashanu, que tinha nove anos quando o tio Justin morreu, gere atualmente a Fundação com o nome do antigo futebolista que tem como objetivo ajudar pessoas com doenças mentais e ainda lutar contra os problemas de homofobia e discriminação sexual. “Esta homenagem é algo muito importante que está acontecer. O meu tio está finalmente a ser reconhecido pelo talento que tinha. As pessoas esqueceram-se o quão talentoso era porque era homossexual. Estive no museu há quatro anos e pensei o por que razão o Justin não estava lá”, disse Amal em declarações ao jornal Daily Mirror.