Rede de Ativistas pela Educação do Fundo Malala no Brasil incentiva meninas a tirarem título de eleitora e votarem

Enviado por / FonteEnviado ao Portal Geledés

Prazo para obter o registro eleitoral de meninas de 16 e 17 anos acaba em 4 de maio; ação é parte do Projeto Eleições 2022, da Rede de Ativistas pela Educação do Fundo Malala no Brasil

A Rede de Ativistas pela Educação do Fundo Malala no Brasil se mobiliza para incentivar meninas brasileiras a se registrarem e votarem nas eleições gerais deste ano. O grupo de 11 educadoras e educadores integra rede global de ativistas presente em oito países, incluindo o Brasil, que recebe apoio do Fundo Malala para promover a educação pública de qualidade às meninas.

Entidades e ativistas se articulam para mobilizar milhões de meninas brasileiras de 16 e 17 anos a reconhecerem seus direitos eleitorais e exercerem o voto. O prazo para obtenção do título de eleitor é até 4 de maio.

A ação se soma a diversos esforços feitos por movimentos sociais e a classe artística para reverter a baixa adesão do registro eleitoral aos 16 e 17 anos, quando o voto ainda não é obrigatório.

Para o voto facultativo, estão aptas/os as/os adolescentes que completarão 16 anos até 2 de outubro de 2022. Ou seja, jovens de 15 anos que se encaixam nesse perfil podem votar nestas eleições. A obtenção do título pode ser feita no site da Justiça Eleitoral.

Dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostram que o número de jovens entre 15 e 17 anos com novos títulos cresceu mais de 45%, chegando a 290.783 em março. Mas só 1 a cada 5 adolescentes entre 15 e 17 anos têm o documento, segundo o jornal Folha de S.Paulo. São cerca de um milhão de jovens com título.

A Rede de Ativistas pela Educação do Fundo Malala no Brasil vai produzir conteúdos que incentivem o registro e facilitem a compreensão do processo de registro eleitoral – que pode ser feito totalmente online e em poucos minutos. Professoras e professores também serão sensibilizados para chamar a atenção de suas alunas para a importância do voto.

Sobre a Rede de Ativistas pela Educação do Fundo Malala

Inspirado pelas raízes de Malala e Ziauddin Yousafzai como ativistas locais no Paquistão, o Fundo Malala estabeleceu em 2017 a Rede de Ativistas pela Educação (Education Champion Network) para investir, apoiar o desenvolvimento profissional e dar visibilidade ao trabalho de mais de 80 educadores de oito países que trabalham a nível local, nacional e global em defesa de mais recursos e mudanças políticas necessárias para garantir educação secundária a todas as meninas. Membros da Rede recebem suporte para a implementação de projetos ambiciosos em seus países e participam de campanhas para eliminar as barreiras que impedem meninas de ter acesso à educação escolar de qualidade. O Fundo Malala apoia educadores no Afeganistão, Brasil, Etiópia, Índia, Líbano, Nigéria, Paquistão e Turquia. No Brasil, a Rede é formada por 11 educadoras e educadores dedicados a construir esforços coletivos pela educação escolar de qualidade nas regiões do país onde a maioria das meninas não frequenta o ensino secundário, com foco em meninas negras, indígenas e quilombolas. Saiba mais sobre a Rede de Ativistas pela Educação do Fundo Malala no Brasil aqui (em inglês).

No Brasil, a Rede é integrada por representantes das seguintes entidades: Ação Educativa, ANAÍ, Campanha Nacional pelo Direito à Educação, CENDHEC, Centro das Mulheres do Cabo (CMC), Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF), CONAQ, Geledés, INESC, Redes da Maré e o Projeto Mandacaru/Malala. 

+ sobre o tema

Manual para promover a diversidade e inclusão na educação

Um Manual para chamar de nosso! Antes de apresentar esse...

A primeira infância como responsabilidade de toda a sociedade

Lançamento de livro coloca no centro do debate a...

para lembrar

A escola brasileira como projeto de país

Pelos 8,5 milhões de quilômetros quadrados do Brasil cabem...

Qualidade para unir ensino público e privado

A brutal desigualdade que marca nosso país se manifesta...

Negros e pardos em universidades federais passam de 41% para 52% em dez anos

A Lei de Cotas nas universidades federais brasileiras completa dez anos...
spot_imgspot_img

Implementar a Lei 10.639 é garantir o direito ao acesso à história

 “Na língua zulu , quando uma pessoa passa pela outra, uma diz: ‘Eu estou te vendo’. A outra responde: ‘Sim, eu estou aqui’. Quando...

Geledés promove em sua sede segunda edição de formação de gestores em equidade de raça e gênero na educação

Geledés - Instituto da Mulher Negra realiza em sua sede, na cidade de São Paulo, o curso Formação de Gestoras e Gestores em Equidade...

Geledés participa de audiência sobre Educação das meninas e mulheres negras na Câmara dos Deputados

Geledés – Instituto da Mulher Negra participou, nesta quinta-feira 21, de audiência da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, em Brasília, da qual...
-+=