Reino Unido lança rede de apoio no Brasil para empregar ex-bolsistas

 

 

Ana Carolina Moreno

Reino Unido vai criar rede de apoio aos brasileiros que estudarem lá.
Empresas serão convidadas a oferecer vagas e financiar bolsas.

iStockphoto

O governo britânico vai lançar uma rede de apoio aos brasileiros que estudem no Reino Unido com bolsas para ajudá-los a conseguir emprego no retorno ao Brasil. O anúncio foi feito na noite de terça-feira (18) pelo secretário de Estado do país, William Hague, em São Paulo.

Hague, que tem cargo semelhante ao de ministro das Relações Exteriores, afirmou que a parceria de negócios e educação entre o Reino Unido e o Brasil tem como objetivo “ajudar mais jovens brasileiros a estudar e ter experiência de trabalho no Reino Unido”. Segundo ele, uma das consequências esperadas é aumentar as conexões de longo prazo entre os dois países.

“O Reino Unido é um dos três principais destinos dos estudantes brasileiros no exterior”, explicou Hague. Os dois principais programas de intercâmbio entre as duas nações são o Chevening, que em 30 anos já ofereceu 1.400 bolsas de mestrado para brasileiros, e o Ciência sem Fronteiras, que já selecionou mais de 6 mil alunos brasileiros para graduação-sanduíche, doutorado-sanduíche ou doutorado pleno, que estudam em 80 instituições britânicas, e pretende chegar à marca de 10 mil bolsas de estudo até o fim de 2014, sendo 7 mil bolsas de nível de graduação e 3 mil de pós-graduação.

 

A nova parceria pretende expandir esses números com o apoio do financiamento de empresas, além de criar mecanismos para absorver os ex-bolsistas no mercado de trabalho de suas áreas. De 2013 a 2014, o número de bolsas Chevening subiu de 21 para 30, o que, de acordo com o Consulado Britânico em São Paulo, representa um investimento de 500 mil libras, ou quase R$ 2 milhões.

Segundo Hague, empresas britânicas como a montadora Rolls Royce, o banco HSBC e a farmacêutica AstraZeneca já participam do programa –um dos pressupostos é que os candidatos retornem ao Brasil após o fim da bolsa. No caso dos bolsistas do Ciência sem Fronteiras, todos os estudantes de graduação enviados ao Reino Unido participaram, durante as férias de verão, de estágios em empresas e projetos de pesquisa supervisionados em universidades.

“Ambos os nossos países tiram imensos benefícios do conhecimento e das ideias compartilhadas, da compreensão mútua construída e das amizades e laços profissionais estabelecidos por esses estudantes”, disse o ministro britânico.

 

 

Fonte: G1

 

 

 

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