Resistência e Construção da Cidadania é tema de palestra em museu de Salvador

A programação do 2º Seminário Painel Memória do Centro Histórico de Salvador, contou, na manhã desta quinta, 26, com palestra proferida pelo Superintendente de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos – SJCDH, Ailton Ferreira.

O seminário, realizado no Museu Eugênio Teixeira Leal, no Pelourinho, foi organizado pelo CONSEG – Conselho Comunitário Social e de Segurança Pública do Centro Histórico de Salvador, contou com o apoio da SJCDH, da Secretaria Municipal da Reparação e do Centro de Culturas Identitárias da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia – SECULT, com o objetivo de promover palestras que relatassem a herança cultural brasileira, transmitida pela participação africana, europeia e indígena, através da história baiana dos séculos XVIII, XIX e XX. Segundo Rose Kalile, presidente do CONSEG, esse seminário também objetiva melhorar as condições de segurança e cidadania no Centro Histórico de Salvador.

Fatos Históricos – Sob o tema “Resistência e Construção da Cidadania”, a palestra de Ailton Ferreira percorreu aspectos históricos das lutas contra o racismo e dos movimentos contra a escravidão. Personagens atuantes em batalhas como a Revolta dos Alfaiates, dos Malés e da Chibata, além da criação de instituições representativas do movimento negro como a Sociedade Protetora dos Desvalidos, a Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, em Cachoeira e dos Homens Pretos, em Salvador, foram relembrados nas palavras do sociólogo.

Segundo Ferreira, para extirpar o racismo da sociedade brasileira é preciso se dar conta que ele é fruto da rejeição. “Durante muito tempo os negros não tiveram sua imagem associada à condições sociais elevadas nem à boa estética”, lamentou. Para o sociólogo, o aparecimento de associações – a exemplo dos Blocos Ilê Ayê, Olodum, e Os Negões, e de instituições como as secretarias federal, estadual e municipal da reparação e Fundação Palmares, dão uma nova tônica na afirmação e construção da cidadania para o povo negro. “Atualmente nossa sociedade vem melhorando e construindo um país diverso. Hoje, com a estrutura que temos, podemos atender não somente aos negros, mas aos idosos, indígenas, pessoas com deficiência e o público LGBT”, disse afirmando que mesmo assim muito ainda precisa feito em favor dessas comunidades.

 

 

Fonte: SJCDH

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