Racismo obstétrico: violência na gestação, parto e puerpério atinge mulheres negras de forma particular
Há duas semanas, Licyane de Almeida Santos, de 27 anos, então com 37 semanas de gestação, procurou atendimento médico em um posto de saúde localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro. Estava com pressão alta e se sentindo mal, com dores de dilatação. Por isso, durante a consulta, pediu ao ginecologista obstetra que desse um atestado ou iniciasse o período de licença-maternidade para que fosse liberada do trabalho como demonstradora em lojas de cosméticos, no qual precisa ficar em pé durante horas, além do tempo gasto no transporte. Licyane conta que o médico, no entanto, se recusou e debochou da situação. — Eu cheguei com dor e ele ficou rindo, debochando. Foi muito humilhante. Disse que eu estava fazendo drama, que a dor era normal e não me examinou. Eu fiquei nervosa e comecei a chorar. Não podia ficar em casa sem o atestado se não seria descontada — ...
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