17ª Parada de Orgulho LGBT do Rio: ‘Coração não tem preconceitos. Tem amor’

O sol forte voltou a aparecer neste domingo, e na orla de Copacabana banhistas e pedestres já começam a se misturar com a movimentação em torno da 17ª Parada de Orgulho LGBT, que acontece neste domingo. Com o lema “Coração não tem preconceitos. Tem amor”, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais estarão juntos, pedindo o respeito ao amor e à diversidade. Só no ano passado, 266 LGBTs foram assassinados no Brasil por conta de sua orientação sexual e identidade de gênero.

Heterossexuais e grupos de combate a discriminação racial, por estado de saúde (como soropositivos, portadores de hepatites virais etc.), de combate à intolerância religiosa, também entram na luta contra a discriminação este ano. O movimento “Mães da Igualdade”, composto por mães de LGBT, participarão da Parada, abrindo caminho contra o preconceito. Alguns dessas mães perderam seus filhos vitimados pela violência homofóbica e lutam para sensibilizar a sociedade para o respeito e a inclusão da comunidade LGBT.
Neste ano, a novidade fica por conta da ampliação dos serviços de cidadania e saúde, que começaram às 9h, no Posto 5. A concentração da Parada é às 13h. Serão 13 trios elétricos ocupando a orla de Copacabana, sob o comando do Grupo Arco-Íris e Instituto Arco-Íris, organizadores do evento, e com patrocínio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos do Governo do Estado, através do Programa Rio Sem Homofobia; da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através da RioTur e da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual e da Petrobrás; contando ainda com o apoio da Secretaria Estadual de Ambiente, Instituto Estadual do Ambiente, Defensoria Pública do Estado, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Trabalho e Sub-Prefeitura da Zona Sul.

“A Parada vai além da festa e da alegria. Ela traz a reflexão para a sociedade de que atrás do peito ou do silicone de cada ser humano bate um coração. Este simboliza a vida que pulsa dentro de nós e o amor que para a nossa espécie é um sentimento tão avassalador que rompe todas as barreiras, principalmente as dos preconceitos. Mães e pais expressam o amor incondicional pelos seus filhos, assim como a dor da perda daqueles vitimados pela homofobia. Famílias inteiras trazem os seus filhos para uma educação inclusiva e de respeito ao próximo, independente de sua sexualidade. O evento mostra que a população compreende que a homossexualidade não é uma perversão, crime ou doença, não é uma escolha ou opção, e a homofobia é uma realidade que atinge a todos, independente de sua sexualidade”, ressalta Julio Moreira, presidente do Grupo Arco-Íris, organização responsável pelo evento.
O Programa Estadual Rio Sem Homofobia, em parceria com o Laboratório Integrado em Diversidade Sexual, Políticas e Direitos da UERJ e com Arco-Íris, aplicarão uma pesquisa com os presentes, chamada “Mobilização, violência e políticas LGBT”. Além de traçar um perfil aprofundado dos frequentadores do evento, o exame pretende identificar o nível de conhecimento da população LGBT a respeito das políticas públicas para esse segmento, seus direitos e conquistas. O Rio Sem Homofobia também estará presente com tendas, distribuindo material informativo sobre o programa e orientando os participantes sobre seus direitos

Fotos de Walter Mesquita

{gallery}1nov12/rio{/gallery}

Saiba mais sobre Walter Mesquita

Walter Mesquita: Viva Favela os olhos do morro

Fonte: Terra

+ sobre o tema

Seminário, em salvador, trata das mulheres negras nos campos da mídia, representação e memória

A atividade, organizada pelo Odara Instituto da Mulher negra,...

Sobre elogios e autoestima. Por que elogiar uma irmã negra

As mulheres negras que escolhem (e aqui enfatizo a...

Eu me arrependo dos meus silêncios

Toda mulher que foge do que lhe é imposto...

Homens, vocês não são donos de mulheres e filhos

Um marido desempregado entrou em desespero e matou sua...

para lembrar

Pornografia infantil lidera denúncias enviadas à SaferNet

Pornografia infantil na internet liderou o número de casos...

Mulheres saúdam sanção da Lei do Estupro: Lufada de esperança

Nas duas últimas semanas a presidenta Dilma Rousseff  tomou...

‘Mudei minha cor no RG’: mulheres contam como se reconheceram negras

Alice Melo tinha 32 anos quando decidiu atualizar seu...

Vamos fazer política?

O grande mestre se manifesta novamente e, como sempre,...
spot_imgspot_img

Legado de Lélia Gonzalez é tema de debates e mostra no CCBB-RJ

A atriz Zezé Motta nunca mais se esqueceu da primeira frase da filósofa e antropóloga Lélia Gonzalez, na aula inaugural de um curso sobre...

Pessoas trans negras pedem respeito e acesso a políticas públicas

Educação de qualidade, respeito institucional e formação profissional estão entre as principais demandas de travestis e transexuais negras e negros no Brasil, segundo o...

Pessoas trans enfrentam rejeições em busca de vagas formais de emprego

Há um ano e dois meses, Bruna Valeska foi demitida de uma loja de perfumaria e cosméticos em que trabalhava. Segundo ela, o motivo...
-+=