3ª Formação Étnico-Racial: construindo um currículo democrático

Evento reuniu representantes de escolas públicas e movimentos sociais

 

 

3ª Formação Étnico-Racial foi realizada pela SEE em parceria com membros do Fórum Permanente de Educação, que discute essa temática no Acre (Foto: Eunice Caetano/SEE)

 

 

Como trabalhar as questões étnico-raciais em sala de aula? Essa foi a pergunta feita de forma reflexiva na 3ª Formação Étnico-Racial, realizada pela SEE, em parceria com membros do Fórum Permanente de Educação, que discute esta temática no Acre. O evento ocorreu nesta quinta-feira, 7, no anfiteatro da Universidade Federal do Acre e contou com a participação da equipe gestora das escolas públicas de Rio Branco.

Nesta terceira etapa foram trabalhadas as sequências didáticas e a construção de um currículo democrático com a participação do professor Andrio Gatinho, da Universidade Federal do Acre, que falou sobre o currículo escolar, história e cultura Afro-Brasileira e Africana. A professora Leide Gomes tratou da questão de gênero na sala de aula e a professora Almeirinda Cruz, como representante do Fórum Étnico-Racial no Acre, refletiu sobre as atuações dos movimentos sociais no Estado.

O palestrante Andrio Gatinho evidenciou a importância do currículo escolar na formação identitária de uma sociedade e fez um convite para que todos passem a refletir sobre que competências e habilidades a inserção dessas temáticas está produzindo.

Os professores trataram da representação social do negro no livro didático, trouxeram sugestões de filmes, elaboraram estratégias para a comemoração do Dia da Consciência Negra e apresentação musical do grupo Boca Negra. “Há um interesse dos profissionais de educação em refletir sobre o ensino da temática étnico-racial, eles admitem a presença do preconceito em sala de aula e buscam nas formações encontrar metodologias diferenciadas e atrativas como forma de romper com uma séria de exclusões construídas historicamente”, explica Ízis Melo, técnica da SEE para assuntos da diversidade.

Cerca de 50 profissionais da educação participaram das discussões sobre as dificuldades encontradas a partir da implementação da lei 10.639, que torna obrigatório o ensino de História da África na educação básica, verificando que ainda é presente o preconceito não apenas étnico, mas de gênero, orientação sexual, entre outros, no ambiente escolar.

Como forma de romper com as discriminações, as escolas já trabalham com ações que buscam desmistificar os estereótipos construídos historicamente em relação ao afro-descendente. “Estamos realizando uma Feira de Conhecimentos, onde faremos uma exposição de orixás e explicações sobre a representação de cada uma na religião Candomblé. Lá, os professores e alunos vão falar sobre as origens dos credos africanos e sua influência na formação da identidade brasileira”, declara Maria José, professora de História da Escola Glória Perez.

Fonte: Agência de Noticias do Acre

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