6 atitudes que não promovem a igualdade étnico-racial dentro da escola

1º Blackface não é legal

A Dutch child wearing blackface make up is carried during a demonstrate in The Hague, Netherlands on Saturday, Oct. 26, 2013, to show their determination to keep alive a tradition of allowing actors to wear blackface makeup during the country’s annual St. Nicholas festival for children. A vocal minority of Dutch people, especially of African descent, and many observers in the rest of the world think the Black Pete tradition is offensive, given Pete’s appearance includes curly hair, big red lips and black face-paint. But a large majority of Dutch people say Black Pete is a figure of fun and no racial insult is intended. (AP Photo/ Patrick Post)
(AP Photo/ Patrick Post)

Ao trabalhar a temática evite pintar o rosto de crianças brancas com tinta preta/marrom. Além de ofensivo, essa atitude não ajuda na conscientização dos estudantes. Ao invés disso, chame para o centro da atividade os estudantes que realmente são negros. O/a aluno/a não-negro/a deve entender que tem um papel importante na construção de uma sociedade igualitária e na valorização da cultura afro-brasileira mesmo não sendo negro.

por Juliana Gonçalves no Ceert

2º Palha de aço não é material didático
cabelo bombril

Não raro ainda insistem em representar o cabelo crespo com palha de aço em atividades escolares. O problema desse “recurso” é que “cabelo bombril” é justamente um dos xingamentos mais comuns usado contra negras e negros. Ou seja, uma forma depreciativa de se referir ao cabelo crespo. Ao invés disso, incentive as crianças negras a dizerem como gostariam de ter o cabelo representado – bolinhas de papel crepom, macarrão parafuso, desenho livre a mão, feijão preto etc.

leia também: Aluno do 5º ano faz ‘protesto’ contra racismo em prova de escola em Nova Iguaçu

3º Somos livres!

Imagem: iStock/RomoloTavani

A escravidão deixou um legado de desigualdade indiscutível. Exatamente por isso, positivar a imagem do negro e da negra brasileira é tarefa constante e o primeiro passo é fugir da velha imagem do escravo acorrentado que aguarda passivo sua libertação. Ao invés disso, se for falar do passado, busque os reis e rainhas africanos/as e negros/as brasileiros/as que se destacaram na luta pela liberdade como Dandara, Zumbi, Luiza Mahin.

4º O cabelo é bom, ruim é o racismo

Mel Yattes/Getty Images

Cuidado ao se referir ao cabelo das crianças como “ruim , duro, pixaim”. No lugar use palavras como “crespo”. “enrolado”, “afro”.

5º Cuidado com a síndrome de senhorita Morello

cris
Reprodução/Youtube

Chris. Vocês negros têm uma capacidade incrível de dissimular. Vai ser ótimo ter um negro representante na peça!”

Mesmo sendo um seriado cômico, em um único episódio de “Todo mundo odeio o Chris” dá para entender o quão necessário é estudar sobre a cultura e vivências de um povo para não reproduzir estereótipos mesmo com “toda a boa vontade do mundo”, assim como a senhorita Morello.

6º Bibliografia: nada de parar no tempo

iStockphoto

É primordial atualizar a bibliografia que será trabalhada com alunos/as. Antes de começar, pesquise para ver o que encontra de opiniões sobre o livro/vídeo que pretende adotar em sala de aula. Há alguns livros que já são considerados ultrapassados ou problemáticos na abordagem de raça, então é bom estar atento/a.

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