Universidade de Oxford muda regras de vestimenta por causa de transsexuais

Sob a nova regulamentação, estudantes em exames e provas ou ocasiões formais não deveram mais usar uma roupa específica para cada sexo. Ou seja, homens poderão fazer testes de saia, e mulheres poderão ir de ternos a cerimônias da universidade

A Universidade de Oxford, uma das mais renomadas e tradicionais do Reino Unido, reescreveu suas restritas regras sobre o código de vestimenta dos alunos, por causa de reclamações de que as leis seriam injustas para estudantes transsexuais. Sob a nova regulamentação, estudantes em exames e provas ou ocasiões formais não deveram mais usar uma roupa específica para cada sexo. Ou seja, homens poderão fazer testes de saia, e mulheres poderão ir de ternos a cerimônias da universidade.

As leis, que devem entrar em vigor na semana que vem, são resultado de uma reclamação do próprio sindicato da universidade. Jess Pumphrey, diretora da sociedade de gays, lésbicas, bissexuais e transsexuais da instituição, disse que a nova medida fará com que a experiência de avaliação fosse muito menos estressante para vários alunos.

– No futuro, os alunos transsexuais não vão precisar se esconder em roupas que não usam para evitar serem confrontados por inspetores durante as provas – disse Jess ao jornal “The Oxford Student”.

A lei antiga determina que todos os alunos homens deveriam usar um terno escuro, meias, sapatos pretos, uma gravata borboleta branca e uma camisa branca lisa debaixo de suas tradicionais becas pretas. Já as mulheres deveriam usar calça ou saia escura, blusa branca, meias pretas, sapatos e uma fita preta amarada no pescoço. Se um aluno transsexual quisesse usar roupas do sexo diferente do seu deveria entrar com um pedido de dispensa especial dos protocolos da universidade, que tinha o poder de punir aqueles que burlassem as regras de vestuário.

A universidade disse que as novas regras devem tirar qualquer referência a gênero. Para os alunos, a lei foi “um passo positivo”.

 

 

 

Fonte: Gazeta do Povo

+ sobre o tema

Luedji Luna: “O amor é fundamental para reconstrução da nossa humanidade”

No Brasil de Fato Entrevista desta semana tem a presença da...

Fim do feminicídio está associado a mudança cultural, dizem participantes de audiência

Mudanças socioculturais são necessárias para acabar com a violência...

para lembrar

Mãe Stella recebe mais alta condecoração da Assembleia Legislativa

Primeira liderança religiosa de matriz africana a receber a...

Afro-Ascendentes

No diálogo que vimos travando com empresas sobre a...

“Fui modelo na Europa, fiz sucesso no Brasil e hoje vivo em Buenos Aires”

"Nasci no ano em que a grande cantora Angela...
spot_imgspot_img

Órfãos do feminicídio terão atendimento prioritário na emissão do RG

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal (SMDF) assinaram uma portaria conjunta que estabelece...

Universidade é condenada por não alterar nome de aluna trans

A utilização do nome antigo de uma mulher trans fere diretamente seus direitos de personalidade, já que nega a maneira como ela se identifica,...

O vídeo premiado na Mostra Audiovisual Entre(vivências) Negras, que conta a história da sambista Vó Maria, é destaque do mês no Museu da Pessoa

Vó Maria, cantora e compositora, conta em vídeo um pouco sobre o início de sua vida no samba, onde foi muito feliz. A Mostra conta...
-+=