Planeta dos Macacos. Saiba mais sobre esta grande campanha contra o racismo – Por: Celso Athayde

Celso Athayde explica o que é, e qual objetivo da campanha #PlanetaDosMacacos, contra o racismo.

Amigos, o foco central da campanha que acabará no domingo agora não é fazer com que as pessoas chamem os negros de macacos e com isso reforçar o preconceito. Muito longe disso, inclusive pq não somos macacos. A questão é outra, é fazer com que as pessoas reflitam sobre , e isso está acontecendo, queremos q elas descubram coisas que muitas desconhecem.

Pois muiiiiiiiitas pessoas desconhecem, que existe inclusive macacos brancos, vermelhos, amarelos, azul e assim por diante. Essas pessoas tem como referência a imagem de símbolos como Chita do Tarzan ou King Kong , ou seja, animais pretos. E por isso nos associam a eles por conta da cor ( claro que não vou fazer um belo texto aqui sobre um assunto que não sou especialista, aliás, sou especialista em ser chamado de macaco, a vida inteira ) por isso , alguns aqui podem fazer um estudo antropológico para explicar melhor ) mas esses estudos por mais importantes, não tem seduzido os racistas irracionais.

Amigos, os símbolos precisam ser apresentados a outros. E é essa a minha proposta, apresentar “novos simbolos ” para as pessoas , sobre tudo para as crianças , pretas e brancas , que é a existência de macacos loiros (como muitos que estão estampados nos faces das pessoas) , vermelhos, azuis, amarelos, roxos … e também pretos. É essa a reflexão. O preconceito é desdobramentos de símbolos, não nascem nos estádios, lá eles ganham força e mídia. Esse preconceito nasce nas escolas, nos clubes, nas festas , nas alas das escolas , nas favelas, onde o preceito ñ deixa duvidas, pois apesar de serem pobres o branquinho chama o neguinho de macaco pq ele sabe q apesar de ambos estarem ferrados, ele tem a cor do poder e o outro a cor da miséria.
Trazer essa reflexão não substitui outras formas de manifestações . o fato é q esse simbolo tem a ignorância como berçário. Quem nos chama de macacos, não está preocupado com a origem história, mas com a ofensa e pronto.
Sabemos todos q essa pratica é antiga e mundial, não vai ser acabar , nem vai ser esse ano ou ano que vem. Vivemos num lugar onde até os bilionários da barra da tijuca sofrem preconceito e são acudados de EMERGENTES, mas estou certo de que ao apresentar para as pessoas , pras crianças, sobre tudo, a grande diversidade desses primatas lindos, vamos ter a possibilidade de trazer um novo olhar para essa questão, pois esse momento simbolico onde estamos vendos crianças e adultos brancos buscando fotos e macacos q por ventura se parecem com eles ( brancos) , para postarem em seus Faces, elas descobrem naturalmente e “compartilham” essa experiencia com todos ao mesmo tempo.

A final descobrem muito mais do que macacos que se parecem com eles , loiros, amarelos, pretos, alvos etc eles descobrem q os macacos são o mais fiel do espelho humano, independente da sua raça e etinia. Descobrem juntos que existem de todas as caras, rostos e comportamentos, exatamente como cada um de nós , que não é apenas uma particularidade dos negros, mas de todos . descoberem que o que diferencia o negro de um branco é a cor da pele, descobre q o que diferencia um macaco branco de um preto é a cor do pelo.
E ai sim, não haverá sentido chamar alguém de outra cor de macaco quando todos estarão na mesma página. Mas se ainda sim , um desgarrado insistir em chemar um neguinho de macaco, a resposta vira à cipó; “Macaco é você”. Cá pra nós, eu nunca vi essa resposta e ela nunca fez sentido antes de hoje. E assim não estaremos criando tensão entre os mais novos , estaremos sim, criando equilibrio entre os adultos.

• Esse é o meu sentimento , as traduções e interpretações são de vocês. Mas não esqueçam. Se alguém discordar, coloca uma solução no lugar.
• Ou eduquemos nossos filhos hoje ou os nossos netos farão isso por nós.

Junte-se a nós nessa campanha. Para facilitar, disponibilizamos a baixo algumas opções de capa para o facebook e fotos de perfil.

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Fonte: CUFA

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