A Doutora Ramona Matos Rodriguez, a cubana que desertou da ditadura comunista e recebeu asilo ruralista na embaixada de Ronaldo Caiado no Congresso Nacional, entrou com uma ação judicial pedindo o bloqueio de R$ 149 mil recursos da União, a título de danos morais e remuneração pelos quatro meses em que trabalhou como médica no Brasil.
Está lá, no Estadão, para quem quiser ler.
Somando isso ao que já recebeu, em salário aqui e lá em Cuba, além de passagens , estadia, ajuda de custo para instalar-se , bem como moradia, alimentação etc, é modesto elevar este valor a RR$ 160 mil, ou R$ 40 mil reais de dinheiro público, por mês trabalhado, e com bloqueio antecipado desse valor nos cofres públicos.
Quer quatro vezes mais que os médicos brasileiros que, por profissionalismo e vocação humanitária, aderiram ao programa.
Afinal, R$ 40 mil por mês é papa muito fina, mais ou menos o dobro do que ganharia um Senador da República, como o Renan Calheiros, se considerarmos que não incidem impostos sobre verbas indenizatórias.
A doutora escrava quer ser marajá.
Enquanto serve cafezinho na Associação Médica Brasileira – maldade minha, ela pode ser aproveitada no esquema de aliciamento que a entidade anunciou para os médicos cubanos – ela entra com este pedido, contando com a hipótese, não improvável, que um douto juiz que, sempre mais atento ao stablishment do que aos miseráveis de Pacajás, no Pará, onde a Dra. Ramona deixou de atender, queira aparecer como “libertador dos cubanos” e dar-lhe uma sentença favorável.
Ou, ao menos, que tenha medo de negar e ficar estigmatizado como “castro-dilmista”, o que não pega bem em ambientes refinados.
A Dra. Ramona assinou um contrato — que não nos cabe discutir – e sabia suas regras, até porque já tinha trabalhado em missão médica na Bolívia..
Aí, a doutora Ramona passa a mãos nos cobres, se manda para Miami e, com uma ajudinha dos programas americanos de aliciamento de médicos cubanos, vai curtir seus amores outonais.
Que lindo! Que vitória da medicina, do mundo livre, da grandeza humana!
E não esqueçamos, também da solidariedade internacionalista dos dirigentes da Associação Médica Brasileira, sempre unidos a todos os povos que sofrem no mundo. Menos o brasileiro, é claro.
Fonte: Tijolaço