Envie seu texto para o Portal
quinta-feira, janeiro 21, 2021
Portal Geledés
  • Home
  • Geledés
    • O Geledés
    • Quem Somos
    • O que fazemos?
    • Projetos em Andamento
      • PLPs em Ação – Geledés no Enfrentamento ao coronavírus
    • Apoiadores & Parceiros
    • Geledés no Debate
    • Guest Post
    • Gęlędę na tradição yorubá
    • Publicações de Geledés
    • Geledés 30 anos
    • Memória Institucional
    • Worldwide
  • Questões de Gênero
    • Todos
    • LGBTQIA+
    • Marielle Franco
    • Mulher Negra
    • Sueli Carneiro
    • Violência contra Mulher
    DAVE KOTINSKYGETTY IMAGES

    Quem é Amanda Gorman, a poeta de 22 anos convidada para a posse de Biden

    Barbie de Maya Angelou || Reprodução Instagram

    Escritora e ativista Maya Angelou ganha Barbie em sua homenagem no mês da História Negra

    Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

    Mulheres pretas acadêmicas

    Mônica Calazans tem 54 anos e trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (Foto: Arquivo pessoal)

    Primeira a ser vacinada é mulher, negra e enfermeira do Emílio Ribas em SP

    Primeira vereadora negra eleita na Câmara de Curitiba, Carol Dartora recebeu ameaças de morte por e-mail (DIVULGAÇÃO/Imagem retirada do site El País)

    Ameaças de neonazistas a vereadoras negras e trans alarmam e expõem avanço do extremismo no Brasil

    Ingrid Silva é a primeira bailarina negra e brasileira a ser palestrante principal em Harvard

    Pesquisadoras também produziram livreto em homenagem às profissionais que atuam no combate ao coronavírus - Ilustrações: Marcelo Jean Machado

    Projeto dá visibilidade ao trabalho de cientistas negras brasileiras de forma lúdica

    Divulgação

    2º Festival Frente Feminina abre inscrições e seleciona artistas negras para residência artística virtual

    A cantora Alaíde Costa Kazuo Kajihara/ Sesc-SP

    ‘Não tenho muito o que me queixar da vida’, diz a cantora Alaíde Costa

    Trending Tags

      • Mulher Negra
      • Violência contra Mulher
      • LGBTQIA+
      • Sueli Carneiro
      • Marielle Franco
    • Questão Racial
      • Todos
      • Artigos e Reflexões
      • Casos de Racismo
      • Cotas Raciais
      • Violência Racial e Policial
      Reprodução/Facebook

      O que será dos profissionais de saúde que distorcem a ciência?

      Bianca Santana - Foto: João Benz

      “Mas morreu esse tanto de gente por covid-19 mesmo?”

      Arquivo Pessoal

      O Sol de Cada Um

      Alicia Keys (Foto: Rob Latour/Shutterstock)

      Alicia Keys pede para Joe Biden lançar iniciativa de justiça racial nos EUA

      Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina Coronavac (Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação)

      “Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

      Em foto de 2019, Ananda Portela segura a mão da avó, internada com covid-19 Imagem: Acervo Pessoal

      Após o final do ano, a covid-19 explodiu em minha família – e no país

      Thiago Amparo (Foto: Marcus Leoni/CLAUDIA)

      O Brasil é uma enfermeira preta vacinada

      Imagem: Arquivo Pessoal

      “Lutei e provei inocência do meu filho, hoje ajudo mães em penitenciárias”

      Gilmar Bittencourt Santos Silva - Arquivo Pessoal

      Quilombos podem ajudar a mudar o racismo estrutural?

      Trending Tags

      • #memoriatemcor
      • Artigos e Reflexões
      • Casos de Racismo
      • Cotas Raciais
      • Violência Racial e Policial
    • Em Pauta
    • Discriminação e Preconceitos
      • Todos
      • Casos de Preconceito
      • Defenda-se
      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

      GettyImagesBank

      13 palavras e expressões da língua portuguesa para não usar mais

      Racismo e desigualdades: o que há de democrático na Covid-19?

      Pixabay

      Coronavírus expõe o racismo ambiental: negros são o corpo que o Estado secou

      Trending Tags

        • Defenda-se
      • África e sua diáspora
        • Todos
        • Africanos
        • Afro-americanos
        • Afro-brasileiros
        • Afro-brasileiros e suas lutas
        • Afro-canadenses
        • Afro-europeus
        • Afro-latinos e Caribenhos
        • Entretenimento
        • Esquecer? Jamais
        • Inspiradores
        • No Orun
        • Patrimônio Cultural
        Francisco Ribeiro Eller (ou Chico Chico), 27 anos (Foto: Marina Zabenzi)

        Chicão, filho de Cássia Eller: ‘Batalha das minhas mães é parte do que sou’

        Elenco de 'Uma Noite em Miami' (Foto: Patti Perret/Amazon)

        ‘Uma Noite em Miami’: Regina King celebra o homem negro em encontro estelar

        O protagonista de "Os Intocáveis", Omar Sy, (Foto: Jordan Strauss/Invision/AP - Jordan Strauss)

        Além de Lupin: conheça a carreira de Omar Sy em 5 filmes

        O escritor nigeriano Wole Soyinka, durante visita ao Brasil em 2015 - Bruno Poletti/Folhapress

        ‘Aké’ é oportunidade de ler Wole Soyinka, um dos maiores nomes da África

        Divulgação

        Série Oxalaive promove 14 encontros poéticos virtuais

        Regé-Jean Page (Foto: Reprodução/Instagram)

        Quem é Regé-Jean Page, a estrela da série “Bridgerton”?

        Arte por Raquel Batista

        O Movimento Negro Organizado Hoje: Vozes da Coalizão Negra Por Direitos #DesenraizandoRacismo

        Ana Hikari (Reprodução/Insytagram/@ _anahikari)

        Ana Hikari, 1ª protagonista asiática da TV: ‘Passei a vida reduzida a japa’

        Netflix

        Lupin: Série francesa da Netflix quebra recorde na plataforma

        Trending Tags

          • Africanos
          • Afro-americanos
          • Afro-brasileiros
          • Afro-brasileiros e suas lutas
          • Afro-canadenses
          • Afro-europeus
          • Afro-latinos e Caribenhos
          • Entretenimento
          • Esquecer? Jamais
          • Inspiradores
          • No Orun
          • Patrimônio Cultural
        Sem resultados
        Ver todos os resultados
        • Home
        • Geledés
          • O Geledés
          • Quem Somos
          • O que fazemos?
          • Projetos em Andamento
            • PLPs em Ação – Geledés no Enfrentamento ao coronavírus
          • Apoiadores & Parceiros
          • Geledés no Debate
          • Guest Post
          • Gęlędę na tradição yorubá
          • Publicações de Geledés
          • Geledés 30 anos
          • Memória Institucional
          • Worldwide
        • Questões de Gênero
          • Todos
          • LGBTQIA+
          • Marielle Franco
          • Mulher Negra
          • Sueli Carneiro
          • Violência contra Mulher
          DAVE KOTINSKYGETTY IMAGES

          Quem é Amanda Gorman, a poeta de 22 anos convidada para a posse de Biden

          Barbie de Maya Angelou || Reprodução Instagram

          Escritora e ativista Maya Angelou ganha Barbie em sua homenagem no mês da História Negra

          Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

          Mulheres pretas acadêmicas

          Mônica Calazans tem 54 anos e trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (Foto: Arquivo pessoal)

          Primeira a ser vacinada é mulher, negra e enfermeira do Emílio Ribas em SP

          Primeira vereadora negra eleita na Câmara de Curitiba, Carol Dartora recebeu ameaças de morte por e-mail (DIVULGAÇÃO/Imagem retirada do site El País)

          Ameaças de neonazistas a vereadoras negras e trans alarmam e expõem avanço do extremismo no Brasil

          Ingrid Silva é a primeira bailarina negra e brasileira a ser palestrante principal em Harvard

          Pesquisadoras também produziram livreto em homenagem às profissionais que atuam no combate ao coronavírus - Ilustrações: Marcelo Jean Machado

          Projeto dá visibilidade ao trabalho de cientistas negras brasileiras de forma lúdica

          Divulgação

          2º Festival Frente Feminina abre inscrições e seleciona artistas negras para residência artística virtual

          A cantora Alaíde Costa Kazuo Kajihara/ Sesc-SP

          ‘Não tenho muito o que me queixar da vida’, diz a cantora Alaíde Costa

          Trending Tags

            • Mulher Negra
            • Violência contra Mulher
            • LGBTQIA+
            • Sueli Carneiro
            • Marielle Franco
          • Questão Racial
            • Todos
            • Artigos e Reflexões
            • Casos de Racismo
            • Cotas Raciais
            • Violência Racial e Policial
            Reprodução/Facebook

            O que será dos profissionais de saúde que distorcem a ciência?

            Bianca Santana - Foto: João Benz

            “Mas morreu esse tanto de gente por covid-19 mesmo?”

            Arquivo Pessoal

            O Sol de Cada Um

            Alicia Keys (Foto: Rob Latour/Shutterstock)

            Alicia Keys pede para Joe Biden lançar iniciativa de justiça racial nos EUA

            Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina Coronavac (Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação)

            “Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

            Em foto de 2019, Ananda Portela segura a mão da avó, internada com covid-19 Imagem: Acervo Pessoal

            Após o final do ano, a covid-19 explodiu em minha família – e no país

            Thiago Amparo (Foto: Marcus Leoni/CLAUDIA)

            O Brasil é uma enfermeira preta vacinada

            Imagem: Arquivo Pessoal

            “Lutei e provei inocência do meu filho, hoje ajudo mães em penitenciárias”

            Gilmar Bittencourt Santos Silva - Arquivo Pessoal

            Quilombos podem ajudar a mudar o racismo estrutural?

            Trending Tags

            • #memoriatemcor
            • Artigos e Reflexões
            • Casos de Racismo
            • Cotas Raciais
            • Violência Racial e Policial
          • Em Pauta
          • Discriminação e Preconceitos
            • Todos
            • Casos de Preconceito
            • Defenda-se
            Foto: Deldebbio

            Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

            FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

            Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

            A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

            Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

            Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

            Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

            (Jonathan Alcorn/AFP/)

            Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

            Imagem: Geledes

            Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

            GettyImagesBank

            13 palavras e expressões da língua portuguesa para não usar mais

            Racismo e desigualdades: o que há de democrático na Covid-19?

            Pixabay

            Coronavírus expõe o racismo ambiental: negros são o corpo que o Estado secou

            Trending Tags

              • Defenda-se
            • África e sua diáspora
              • Todos
              • Africanos
              • Afro-americanos
              • Afro-brasileiros
              • Afro-brasileiros e suas lutas
              • Afro-canadenses
              • Afro-europeus
              • Afro-latinos e Caribenhos
              • Entretenimento
              • Esquecer? Jamais
              • Inspiradores
              • No Orun
              • Patrimônio Cultural
              Francisco Ribeiro Eller (ou Chico Chico), 27 anos (Foto: Marina Zabenzi)

              Chicão, filho de Cássia Eller: ‘Batalha das minhas mães é parte do que sou’

              Elenco de 'Uma Noite em Miami' (Foto: Patti Perret/Amazon)

              ‘Uma Noite em Miami’: Regina King celebra o homem negro em encontro estelar

              O protagonista de "Os Intocáveis", Omar Sy, (Foto: Jordan Strauss/Invision/AP - Jordan Strauss)

              Além de Lupin: conheça a carreira de Omar Sy em 5 filmes

              O escritor nigeriano Wole Soyinka, durante visita ao Brasil em 2015 - Bruno Poletti/Folhapress

              ‘Aké’ é oportunidade de ler Wole Soyinka, um dos maiores nomes da África

              Divulgação

              Série Oxalaive promove 14 encontros poéticos virtuais

              Regé-Jean Page (Foto: Reprodução/Instagram)

              Quem é Regé-Jean Page, a estrela da série “Bridgerton”?

              Arte por Raquel Batista

              O Movimento Negro Organizado Hoje: Vozes da Coalizão Negra Por Direitos #DesenraizandoRacismo

              Ana Hikari (Reprodução/Insytagram/@ _anahikari)

              Ana Hikari, 1ª protagonista asiática da TV: ‘Passei a vida reduzida a japa’

              Netflix

              Lupin: Série francesa da Netflix quebra recorde na plataforma

              Trending Tags

                • Africanos
                • Afro-americanos
                • Afro-brasileiros
                • Afro-brasileiros e suas lutas
                • Afro-canadenses
                • Afro-europeus
                • Afro-latinos e Caribenhos
                • Entretenimento
                • Esquecer? Jamais
                • Inspiradores
                • No Orun
                • Patrimônio Cultural
              Sem resultados
              Ver todos os resultados
              Portal Geledés
              Sem resultados
              Ver todos os resultados

              A frustrada tentativa de Monteiro Lobato em ganhar mercado nos EUA com livro considerado racista

              Monteiro Lobato (1882-1948) já tinha vários livros publicados — entre os quais Cidades Mortas, Urupês e O Saci e contos que depois seriam incluídos no famoso Reinações de Narizinho, de 1931 — quando vislumbrou fazer sucesso no mercado editorial anglófono. Sonhando se tornar um novo H. G. Wells (1866-1946), cultuado pelo A Guerra dos Mundos, de 1898, passou cerca de quatro anos nos Estados Unidos, na segunda metade da década de 1920.

              29/06/2020
              em Dossiê Monteiro Lobato
              Tempo de leitura: 10 min.

              Fonte: BBC, por Edison Veiga
              DOMÍNIO PÚBLICO / WIKIMEDIA COMMONS

              DOMÍNIO PÚBLICO / WIKIMEDIA COMMONS

              Na bagagem carregava sua esperança: o romance O Presidente Negro — originalmente O Choque das Raças ou O Presidente Negro. Com um enredo fortemente racista, a obra não teve aceitação entre os editores americanos. De acordo com o livro Um País se Faz com Tradutores e Traduções: A Importância da Tradução e da Adaptação na Obra de Monteiro Lobato, do escritor e tradutor britânico John Milton, Lobato bateu à porta de pelo menos cinco editoras nos Estados Unidos — e colecionou nãos.

              “Lobato se via como um novo H. G. Wells, mas os temas centrais (a segregação completa entre brancos e negros, a tentativa dos brancos de esterilizarem os negros e a influência da eugenia, sugerindo que os brancos fossem superiores aos negros) eram sensíveis demais para qualquer editora norte-americana se arriscar”, escreve Milton.

              No segundo semestre de 1927, uma carta escrita a ele pelo editor da agência literária Palmer, de Hollywood, sacramentou sua frustração, alegando que “o enredo central se baseia em uma questão particularmente difícil de ser abordada neste país, porque certamente resultará no tipo mais amargo de sectarismo”. “E, por esse motivo, os editores são invariavelmente avessos à ideia de apresentá-lo ao público leitor”, prossegue a carta. “Nem mesmo o fato de estar ambientado 300 anos no futuro mitigaria esse fato na mente dos leitores negros.”

              ArtigosRelacionados

              Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina Coronavac (Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação)

              “Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

              19/01/2021
              FOTO: GABRIEL BOUYS/AFP VIA GETTY IMAGES

              Artistas recusam indicações ao Grammy por categoria ter nomeado apenas artistas brancos

              18/01/2021
              Imagem: Arquivo Pessoal

              “Lutei e provei inocência do meu filho, hoje ajudo mães em penitenciárias”

              18/01/2021

              A avaliação do editor ainda alerta a Lobato que “os negros são cidadãos americanos, parte integrante da vida nacional” e promover “seu extermínio por meio da sabedoria e habilidade da raça branca” seria endossar uma “divisão violenta”.

              O escritor brasileiro não parece ter se convencido a mudar suas ideias. Em carta enviada ao escritor Godofredo Rangel (1884-1951), seu amigo e correspondente ao longo de 40 anos, Lobato reclamou que O Presidente Negro não havia sido aceito porque “acham-no ofensivo à dignidade americana”. “Errei vindo cá tão tarde”, escreve. “Devia ter vindo no tempo em que linchavam os negros.”

              “Tinha lido há muito tempo [esse livro] e reli, mais recentemente. Tenho duas considerações, na verdade duas impressões fortes que me ficaram da obra. Primeiro, do ponto de vista de uma análise externa, fiquei impressionada com a certeza, seguida da decepção, de Lobato de que a obra seria bem recepcionada, um grande sucesso nos Estados Unidos. Lobato fica perplexo porque seu livro não encontra editor, não entende por que os americanos o acharam ofensivo”, comenta à BBC News Brasil a historiadora Lucilene Reginaldo, professora de Estudos Africanos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

              “Do ponto de vista da construção da obra, é surpreendente como Lobato se instrumentaliza das ideias eugenistas, das quais ele era um entusiasta confesso. Mas ele tinha plena clareza que a literatura era uma forma sutil, indireta e eficiente de promover a eugenia.”

              Ilustração de ‘A chave do tamanho’, um dos livros mais populares de Lobato (Imagem: GLOBOLIVROS/ DIVULGAÇÃO)

              Enredo

              O Presidente Negro começa no Brasil dos anos 1920. Ayrton sofre um acidente e acaba resgatado por um cientista excêntrico que lhe apresenta sua grande invenção: o porviroscópio, uma máquina que mostra o futuro.

              Assim, os personagens acompanham a vida nos Estados Unidos de 2228, em plena campanha eleitoral. A sociedade futurista americana é descrita como uma utopia modelo. Mas, segundo a história criada por Lobato, esse sucesso era devido a algumas medidas que haviam sido tomadas: o fim da imigração, a execução de todos os recém-nascidos com malformações e a esterilização dos “doentes mentais” — balaio no qual o autor inclui prostitutas, ladrões, preguiçosos e desocupados. Outra medida implementada por esse governo futurista era a intervenção estatal na reprodução. Para poder ter filhos, o casal precisava se submeter a uma análise oficial de suas características. A ideia era garantir que apenas os melhores passassem seus genes adiante.

              É nessa sociedade que Lobato insere uma campanha eleitoral norte-americana. E vence um candidato negro, Jim Roy. Trata-se do gatilho para que Lobato apresente os negros como “o único erro inicial contido naquela feliz composição”.

              O livro aponta que a sorte dos Estados Unidos era que ali, devido ao ódio racial, ao contrário do Brasil não ocorreu a miscigenação — que para o autor causaria uma “degeneração” racial irreversível —, mantendo os negros segregados.

              Por outro lado, segundo o livro, os negros teriam uma propensão maior a se reproduzir. O que fazia com que sua população aumentasse em um ritmo superior a dos brancos. Algumas “soluções” são apresentadas para esta questão. Os negros pedem a divisão do país em dois. Os brancos sugerem extraditar todos os negros para o Amazonas.

              Mas a Suprema Convenção Branca cria um plano, chamado de “solução final” para o “problema negro”. Eles desenvolvem uma tecnologia para alisar os cabelos dos negros — mas instalam no aparelho um componente que esteriliza quem usa.

              “É um livro claramente racista na ideia, na proposta, no desenlace. É um livro que ficou datado, por demais preconceituoso. Não vejo motivo para ser estudado em universidades nem escolas, muito diferente do universo infantil de Monteiro Lobato”, afirma à BBC News Brasil a historiadora e antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, professora da Universidade de São Paulo (USP) e coautora do livro Reinações de Monteiro Lobato, uma biografia do escritor. “É um livro que serve apenas para teses e dissertações que analisam o racismo do Brasil. Não é um livro para ser adotado com alunos.”

              Com a eleição de Barack Obama, o livro O Presidente Negro voltou a ter uma edição no Brasil 9Foto: Pete Souza)

              Autora do artigo Você Já Pensou no Impacto da Obra de Lobato na Construção da Estima Negra?, a psicopedagoga Clarissa Brito, especialista em Educação Infantil, enfatiza à BBC News Brasil que considera O Presidente Negro a “expressão explícita de seu posicionamento político, defensor da eugenia e seu desejo de extermínio do povo negro”.

              Quando Barack Obama disputava a Presidência dos Estados Unidos, em 2008, a editora Globo Livros relançou o romance. À BBC News Brasil o editor Mauro Palermo enfatiza que Lobato precisa ser lido considerando que ele “escreveu suas obras entre 1920 e o fim da década de 1940”. “Creio que leitores atuais encontrarão nessas histórias, além do entretenimento, uma oportunidade rica de entender e discutir como se comportava a sociedade brasileira há um século e, a partir daí, refletir sobre o quanto já caminhamos na luta contra o racismo e o tanto que ainda precisamos nos desenvolver e aprimorar”, diz. “Infelizmente nos entristece perceber que essa longa caminhada está longe de chegar ao fim.”

              “Não me julgo competente para opinar, de formar mais circunstanciada, sobre a tipificação do crime de racismo na produção artística em geral e literária em particular. É evidente que minha postura de cidadã diante de um texto ou autor contemporâneo que propaga ideias racistas, xenófobas, homofóbicas, machistas é de firme repúdio, denúncia e execração”, avalia Reginaldo. “Creio que é diferente tratar de textos e autores contemporâneos e de textos e autores do passado, embora para mim o racismo seja execrável, um cancro maligno, no século 19, no século 20 e nos dias atuais.”

              Ela ressalta, contudo, que como historiadora, lê obras que formularam e propagaram ideias racistas. “São fontes de pesquisa. Por exemplo, como dever de ofício e também por interesse, li mais de uma vez o livro Africanos do Brasil, de Raimundo Nina Rodrigues. Este e outros livros deste autor são fundamentais para a compreensão do ideário racista que está na base do pensamento social brasileiro do século XIX e início do XX. Mas a obra de Rodrigues informa muito mais, por exemplo, para os estudiosos das religiões afro-brasileiras e dos africanos no Brasil. Um olhar crítico sobre estas produções me permite analisar texto e contexto; singularidades, diálogos intelectuais, sub-textos. Poderia dizer o mesmo sobre clássicos da literatura ocidental e brasileira. Aí também se inscreve parte da polêmica e resistência sobre o reconhecimento do racismo na obra de Monteiro Lobato. Querem lhe preservar uma aura insustentável e, quero crer, desnecessária.”

              Até janeiro do ano passado, quando Monteiro Lobato entrou em domínio público, a Globo detinha a exclusividade da publicação de suas obras — de acordo com Palermo, foram 7 milhões de livros vendidos, considerando todo o catálogo do escritor, nos últimos 12 anos. As insinuações preconceituosas de Lobato não se restringem ao romance O Presidente Negro. Estão presente em toda a sua obra, inclusive nos clássicos infantis que compõem a coleção Sítio do Picapau Amarelo.

              Obras infantis

              “Metaforicamente, podemos dizer que Narizinho e Pedrinho tinham duas avós. A de sangue, que incessantemente buscava repassar seu conhecimento formal para seus netos. E a tia Nastácia que era a responsável pelos ensinamentos advindos de sua experiência de vida. As duas avós eram igualmente importantes na criação e na formação de seus ‘netos’. As referências à tia Nastácia na obra refletem o pensamento da época e isso nos choca tremendamente hoje”, analisa Palermo, sobre o universo infantil de Lobato.

              A Companhia das Letras, outra editora que tem publicado obras de Lobato, afirma à reportagem que opta por notas de rodapé para que os mediadores da leitura — sejam eles professores, sejam eles pais — contextualizem a questão às crianças. “Ficou estabelecido que todos os livros viriam com notas que pudessem contribuir às discussões das questões problemáticas da obra dele”, afirma a assessoria de comunicação da editora.

              Sobre O Presidente Negro, a editora afirma que a polêmica obra “não está e não estará em catálogo”.

              O racismo na obra infantil de Monteiro Lobato chegou até o Supremo Tribunal Federal. A história começou em 2010, quando o Conselho Nacional de Educação (CNE) determinou que o livro Caçadas de Pedrinho não fosse mais disponibilizado às escolas do sistema público, por conta do conteúdo racista. “Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão” e “Não vai escapar ninguém — nem Tia Nastácia, que tem carne preta” foram trechos utilizados para justificar a medida.

              Diante de recurso do Ministério da Educação, o caso chegou ao Supremo. Os debates foram encerrados apenas no mês passado.

              “Tratava-se de mandado de segurança do STF com o qual se pretendia obter indiretamente a anulação de pareceres do Conselho Nacional de Educação. Referidos pareceres trataram da aquisição de obras literárias pelo Ministério da Educação destinados ao Programa Nacional Biblioteca na Escola. Alegavam os impetrantes que o Ministério da Educação, ao autorizar a aquisição de livros que contenham expressões reforçadores de estereótipos raciais, viola frontalmente as normas gerais da Administração Pública e a legislação internacional sobre o racismo”, contextualiza à BBC News Brasil o jurista Carlos Ari Sundfeld, professor da FGV-Direito.

              “A tentativa de proibir os livros de Lobato parece estar baseada na ideia de que a ficção literária não poderia, sob pena de praticar crime, tratar do racismo sem fazer sua crítica explícita. É uma visão que reclama que toda literatura, para ser lícita, seja militante. A visão é compreensível em função de nosso grave problema, não superado, com o racismo. Mas não há fundamento jurídico para a proibição de livros em casos assim, o que seria incompatível com a liberdade, um valor fundamental, cuja prevalência justifica uma orientação muito restritiva quanto ao poder de o Estado intervir no mundo das palavras”, afirma Sundfeld.

              “Para que se proíba a circulação de um livro não basta que ele incorpore, nos personagens, nas situações, nas frases ou nas palavras, algum tipo de elemento que, sem condená-lo, remeta ao racismo. É preciso que se trate de um caso extremo, difícil, aliás, de ocorrer em obras apenas literárias, de apologia e incitação inequívoca e grave ao racismo.”

              “As referências à tia Nastácia em ‘Reinações de Narizinho’ refletem o pensamento da época e isso nos choca tremendamente hoje”, analisa o editor Mauro Palermo (Imagem: GLOBOLIVROS/ DIVULGAÇÃO)

              O assunto foi encerrado no Supremo em 22 de maio, mas sem julgar o mérito. “O STF entendeu que não lhe cabia analisar o assunto, pois o que se estava impugnando era o ato de homologação, pelo Ministro da Educação, desses pareceres. Mas o STF não tem competência originária para julgar mandados de segurança contra atos de ministros de Estado”, explica o jurista.

              Especialistas e educadores acreditam que a obra infantil de Lobato deve ser lida e debatida em escolas. “Não se trata de retirar suas obras do mercado. Muito melhor do que isso é que a obra venha acompanhada por notas que problematizem a questão do racismo”, defende Schwarcz. “Sempre acho que em história precisamos problematizar esses termos para que eles não passem ‘em branco’, com muitas aspas. É preciso fazer com que fique evidente o racismo presente nessa obra, isso é fazer muito mais do que censurar o autor.”

              Ela defende a necessidade de, no ambiente escolar, formar e informar os professores, para que eles saibam como tratar livros assim. “Que o professor alerte o aluno a todo momento em que houver personagens ou situações ou contextos racistas. Chamar a atenção, perguntar por que a Tia Nastácia tinha apenas saberes localizados enquanto os personagens brancos conheciam história, ciência, civilização. Por que personagens negros foram descritos a partir de seus beiços alargados e sua cor, enquanto os brancos, não, como se brancura fosse uma não cor. Minha atitude como professora nunca é de censura, e sim de interpelar essas narrativas com outras questões, que são as questões do nosso momento”, afirma.

              “Os livros de Lobato devem estar em catálogo, com notas de rodapé”, prossegue. “E essas notas precisam servir de gatilho para que a classe discuta a questão do racismo no Brasil. Isso é fundamental em um país que vive um racismo estrutural e institucional.”

              “Sou favorável às edições críticas”, complementa Reginaldo. “Parece que há algumas iniciativas nesse sentido neste momento, o que mostra a importância e ressonância do debate iniciado em 2010. Há tempos, circula uma nota crítica nas Caçadas de Pedrinho sobre a proibição da caça das onças. Num artigo publicado em 2010, Ana Maria Gonçalves chama a atenção para a a mea culpa de Lobato reconhecendo seu preconceito contra os camponeses representados pelo personagem Jeca Tatu, que foi incorporado na quarta edição de Urupês. Mas como já confessei em outra ocasião, ao ler Caçadas de Pedrinho e outros para meu filho com então 6 anos, me vi na obrigação de mãe de protegê-lo. Editei e omiti termos que me soavam impronunciáveis. Mas sei que isso também foi praxe nas versões televisivas do Sítio do Picapau Amarelo.”

              Importância de Lobato para crianças

              “Não tenho nenhuma ressalva — na verdade acho fundamental — que se publique a obra de Lobato na íntegra. Lobato deve ser lido”, comenta Reginaldo.

              “Como historiadora, vejo aí uma fonte preciosa para os estudiosos e para reflexão crítica sobre o Brasil. Com outras preocupações e recursos analíticos, em razão do seu valor literário — que aliás, aqui não se discute, também é fonte para os estudiosos da literatura e de outras áreas. No ambiente escolar, especialmente para jovens e adolescentes, acompanhado de boas edições críticas, pode ser lido. Mas nas mãos do público infantil, no qual a literatura é sobretudo expressão do lúdico, mas que ao mesmo tempo introjeta valores, creio que não se pode ignorar o debate que vem sendo feito desde 2010, pelo menos. Ouvi muita gente dizendo que leu Lobato na infância e não se tornou racista. Mas acho que, por meio de processos indiretos sem ódio, sem truculência, podem ter aprendido a naturalizar as hierarquias raciais, se colocarem como personagens centrais e protagonistas da história, tornado-se, por conseguinte, insensíveis às dores e humilhações alheias. Defender ardorosamente a aura de Lobato é um lugar de privilégio!”

              Série do Sítio do Picapau Amarelo, remake feito pela TV Globo dos anos 2001 a 2007 (Imagem: DIVULGAÇÃO/ TV GLOBO)

              Para a especialista em Educação Infantil Clarissa Brito, é preciso atentar para o fato de que expressões da obra de Lobato — como “negra cor de lodo”, “carne preta” ou próprio uso do termo “negra” no vocativo — sejam compreendidas como ferramenta de reprodução do racismo. Ela defende que as obras do autor sejam utilizadas em escolas, mas não na Educação Infantil, tampouco nas séries iniciais do Ensino Fundamental. É para alunos mais maduros, opina.

              “Monteiro Lobato pode atravessar salas de aula no momento em que são estudadas as marcas da opressão colonial e os recursos políticos, sociais e econômicos para a perpetuação da segregação racial”, defende ela.

              “Acredito que as crianças não precisam entrar em diálogo com uma obra que por anos vem estigmatizando figuras negras, reproduzindo um imaginário social que agride a estima de tantos homens e mulheres negras”, completa. “Vejo a iniciativa de comentário e notas, como uma questão forte que assola nossa sociedade, que são os recursos que tratam de minimizar o racismo e buscar caminhos de não legitimar o crime de injúria racial.”

              Editor da Globo Livros, Palermo acredita que livros de Lobato, sejam os infantis, seja o polêmico O Presidente Negro, “podem ser usados como subsídio à discussão do racismo em escolas”. “Proibir me parece a negação da existência”, comenta ele. “Entender o passado é o melhor atalho para mudarmos o presente e melhorarmos o futuro.”

              Tags: Monteiro LobatoRacismo
              PLPs em Ação - Geledés no enfrentando ao corona virus PLPs em Ação - Geledés no enfrentando ao corona virus PLPs em Ação - Geledés no enfrentando ao corona virus
              Postagem Anterior

              Inatividade contra o racismo pode custar caro ao Facebook

              Próxima Postagem

              Entidades e movimentos sociais se unem em defesa da democracia e da vida

              Deixe um comentário abaixo, sua contribuição é muito importante.

              Artigos Relacionados

              Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina Coronavac (Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação)
              Questão Racial

              “Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

              19/01/2021
              FOTO: GABRIEL BOUYS/AFP VIA GETTY IMAGES
              Em Pauta

              Artistas recusam indicações ao Grammy por categoria ter nomeado apenas artistas brancos

              18/01/2021
              Imagem: Arquivo Pessoal
              Violência Racial e Policial

              “Lutei e provei inocência do meu filho, hoje ajudo mães em penitenciárias”

              18/01/2021
              Gilmar Bittencourt Santos Silva - Arquivo Pessoal
              Artigos e Reflexões

              Quilombos podem ajudar a mudar o racismo estrutural?

              15/01/2021
              Lucas afirma que gravou a abordagem porque esse foi o 4º 'enquadro' que levou esse ano em Santos, SP — Foto: Reprodução
              Violência Racial e Policial

              PM é flagrado dizendo que jovem tem ‘cara de ladrão’ durante abordagem

              15/01/2021
              Foto: Reprodução/Twitter
              Violência contra Mulher

              Fotógrafo faz desabafo em vídeo após ter porta arrombada e casa invadida pela PM

              12/01/2021
              Próxima Postagem
              Brasil pela Democracia (Imagem retirada do site Mundo Sindical)

              Entidades e movimentos sociais se unem em defesa da democracia e da vida

              Últimas Postagens

              Reprodução/Facebook

              O que será dos profissionais de saúde que distorcem a ciência?

              20/01/2021

              Radicalismo inaceitável

              Quem é Amanda Gorman, a poeta de 22 anos convidada para a posse de Biden

              “Mas morreu esse tanto de gente por covid-19 mesmo?”

              O Sol de Cada Um

              Mulheres negras, política e cultura do cancelamento no Brasil republicano

              Artigos mais vistos (7dias)

              Regé-Jean Page (Foto: Reprodução/Instagram)

              Quem é Regé-Jean Page, a estrela da série “Bridgerton”?

              13/01/2021
              Netflix

              Lupin: Série francesa da Netflix quebra recorde na plataforma

              11/01/2021
              Diego Reis, CEO do Banco Afro | Divulgação/Imagem retirada do site o Globo

              Banco Afro atinge 30 mil clientes com salto após declaração de sócia do Nubank

              13/01/2021

              52 nomes africanos femininos e masculinos para o seu bebê

              31/03/2020
              DAVE KOTINSKYGETTY IMAGES

              Quem é Amanda Gorman, a poeta de 22 anos convidada para a posse de Biden

              20/01/2021

              Twitter

              Facebook

              • A coluna NOSSAS HISTÓRIAS desta quarta-feira vem com a assinatura da historiadora Iracélli da Cruz Alves! O tema “Mulheres negras, política e cultura do cancelamento no Brasil republicano” é abordado no artigo e no vídeo nos quais ela oferece reflexões a partir de registros da atuação de mulheres negras integrantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) na década de 1940! Confira um trecho: “O que essas mulheres têm em comum? Todas eram comunistas, trabalhadoras e muito provavelmente negras, como é perceptível nas poucas imagens que até hoje encontrei. Além disso, não podemos esquecer que a classe trabalhadora brasileira tem sido majoritariamente negra, o que aumenta a probabilidade de essa pressuposição fazer sentido para os casos em que não acessei registros fotográficos. Outro ponto em comum em suas trajetórias é que todas participaram ativamente da vida política do país em meados do século XX, atuando significativamente no partido no qual escolheram militar. No entanto, foram praticamente esquecidas (ou silenciadas?) tanto pela historiografia política do Brasil quanto pelas narrativas históricas sobre o PCB. Os nomes delas, na maioria das vezes, nem sequer são citados.” Leia todo o artigo no Geledés: https://www.geledes.org.br/mulheres-negras-politica-e-cultura-do-cancelamento-no-brasil-republicano/ Veja o vídeo no Acervo Cultne: https://youtu.be/pS35-3RuNMc
              • Já que o mundo está em medida de contenção social, acredito estar diante de um dos maiores desafios que o ser humano possa receber da vida, que é o de ter a oportunidade de ficar sozinho e explorar a sua consciência, conhecer quem é essa pessoa que cohabita em meu corpo, ou seja tentar descobrir quem “eu dentro de mim”. Leia o Guest Post de Tatiane Cristina Nicomedio dos Santos em: www.geledes.org.br
              • Enfermeira Monica Calazans, primeira pessoa vacinada em território nacional
              • "Escolhi parafrasear no título do presente guest post a escritora brasileira, Conceição Evaristo, que constrói contos e poemas reveladores da condição da população negra no país. A intelectual operaciona a categoria de “escrevivência”, através de uma escrita que narra o cotidiano, as lembranças e as experiências do outro, mas sobretudo, a sua própria, propagando os sentimentos, as lutas, as alegrias e resistências de um povo cujas vozes são silenciadas." Leia o Guest Post de Ana Paula Batista da Silva Cruz em: www.geledes.org.br
              • ✊🏾 1960-1970: Grupo Palmares de Porto Alegre e a afirmação do Dia da Consciência Negra ✊🏾 Está disponível mais uma sala da Exposição “20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra” no Google Arts & Culture! Link: https://artsandculture.google.com/culturalinstitute/beta/u/4/exhibit/1960-1970-grupo-palmares-de-porto-alegre-e-a-afirma%C3%A7%C3%A3o-do-dia-da-consci%C3%AAncia-negra/tgLSJakjmcizKA 🙌🏿 Esta sala é especialmente dedicada à movimentação do Grupo Palmares em Porto Alegre, fundado em 1971, afirmando o Vinte de Novembro como Dia da Consciência Negra. Em 2021, o Vinte completa 50 anos! Conecte-se ao compromisso de ativistas negros e negras gaúchas em defesa de uma história justa sobre as lutas negras por liberdade por meio de depoimentos, fotografias, poemas, anotações, cartas, entre outros documentos. Vamos junt@s! 🖤 O material pode ser acessado em português e inglês e é mais um resultado da parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs(@historiadorxsnegrxs , Geledés Instituto da Mulher Nega e o Acervo Cultne! (@cultne) 🎉 Ao longo de todo 2021, muitas outras “Nossas Histórias” sobre vidas, lutas e saberes da gente negra serão contadas em salas de exposições virtuais!
              • "A história do indigenismo no século XIX tem importantes pontos de conexão com a história do tráfico escravista. A investigação dessas conexões permite compreender como possibilidades de branqueamento foram projetadas na nação brasileira, para além da mais conhecida: a imigração europeia ocorrida entre o último quartel do século XIX e 1930." Leia o artigo do historiador Samuel Rocha Ferreira publicado na coluna “Nossas Histórias” **A coluna “Nossas Histórias” é uma realização da Rede de Historiadoras Negras e Historiadores Negros em parceira com o Portal Geledés e o Acervo Cultne.
              • "Afirmar que este ano foi ganho para a EDUCAÇÃO parece beirar à cegueira. Escolas fechadas, estudantes, professores, gestores todos os servidores em casa e sem aulas presenciais." Leia o Guest Post de Jocivaldo dos Anjos em: www.geledes.org.br
              • Territórios negros e periféricos no enfrentamento à pandemia da COVID-19: um estudo sobre as ações desenvolvidas na região metropololitana de São Paulo Por compreender a importância das diversas iniciativas realizadas para o enfrentamento da Covid-19, Geledés Instituto da Mulher Negra, Rede Conhecimento Social e um grupo de coletivos e movimentos sociais realizaram uma pesquisa sobre as formas de atuação e enfrentamento à pandemia da COVID-19 protagonizadas pela sociedade civil na região metropolitana de São Paulo, de forma a identificar as experiências, as problemáticas enfrentadas e os desafios para a continuidade das iniciativas. Para saber mais acesse www.geledes.org.br
              Facebook Twitter Instagram Youtube

              Geledés Instituto da Mulher Negra

              GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

              Fique em casa

              Reprodução/Facebook

              O que será dos profissionais de saúde que distorcem a ciência?

              20/01/2021
              Atila Roque (Foto: Reprodução Fopir/Youtube)

              Radicalismo inaceitável

              20/01/2021
              DAVE KOTINSKYGETTY IMAGES

              Quem é Amanda Gorman, a poeta de 22 anos convidada para a posse de Biden

              20/01/2021

              1997 - 2020 | Portal Geledés

              Sem resultados
              Ver todos os resultados
              • Home
              • Geledés
                • O Geledés
                • Quem Somos
                • O que fazemos?
                • Projetos em Andamento
                  • PLPs em Ação – Geledés no Enfrentamento ao coronavírus
                • Apoiadores & Parceiros
                • Geledés no Debate
                • Guest Post
                • Gęlędę na tradição yorubá
                • Publicações de Geledés
                • Geledés 30 anos
                • Memória Institucional
                • Worldwide
              • Questões de Gênero
                • Mulher Negra
                • Violência contra Mulher
                • LGBTQIA+
                • Sueli Carneiro
                • Marielle Franco
              • Questão Racial
                • Artigos e Reflexões
                • Casos de Racismo
                • Cotas Raciais
                • Violência Racial e Policial
              • Em Pauta
              • Discriminação e Preconceitos
                • Defenda-se
              • África e sua diáspora
                • Africanos
                • Afro-americanos
                • Afro-brasileiros
                • Afro-brasileiros e suas lutas
                • Afro-canadenses
                • Afro-europeus
                • Afro-latinos e Caribenhos
                • Entretenimento
                • Esquecer? Jamais
                • Inspiradores
                • No Orun
                • Patrimônio Cultural

              1997 - 2020 | Portal Geledés

              Welcome Back!

              Login to your account below

              Forgotten Password?

              Create New Account!

              Fill the forms bellow to register

              All fields are required. Log In

              Retrieve your password

              Please enter your username or email address to reset your password.

              Log In

              Add New Playlist

              Utilizamos cookies para fornecer uma melhor experiência para os visitantes do Portal Geledés. Ao prosseguir você aceita os termos de nossa Política de Privacidade.OKVer Política de Privacidade