A libertação de Mandela

O líder sul-africano Nelson Mandela, junto a sua esposa Winnie, abandona a prisão depois de ser libertado após 27 anos na cadeia, em 1990. (Foto: REUTERS)

A libertação de Mandela tornou-se uma das principais bandeiras do movimento contra o apartheid. As tímidas mudanças promovidas pelo então presidente Pieter Botha, em 1986, foram seguidas de reformas mais profundas, articuladas a partir de 89 por seu sucessor, Frederik de Klerk. De Klerk revogou, uma a uma, as leis racistas do apartheid e iniciou entendimentos com o CNA. Em fevereiro de 1990, Mandela foi colocado em liberdade, após 28 anos de prisão.

As reformas de Frederik de Klerk foram apoiadas em plebiscito realizado em 92. Foi a última consulta popular restrita à população branca. Dois anos depois, em abril de 94, foram realizadas as primeiras eleições multirraciais da história da África do Sul. Eleições vencidas por Nelson Mandela.

Com o fim da Guerra Fria, a África perdeu sua importância relativa. Nos anos 90, o continente foi de novo entregue ao esquecimento. Os Estados africanos, artificialmente divididos, ainda são cenário de guerras civis provocadas por ódios tribais. Muitas ditaduras são mantidas através das armas, e a doença, a fome e a seca continuam ceifando a vida de milhões de pessoas.

A miséria da África não tem causas naturais. Ela é um legado da escravidão, da dominação colonial e, na segunda metade do século XX, do jogo entre as superpotências durante a Guerra Fria. O mundo tem uma dívida para com a África. Uma dívida infinita.

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