Afrodescendentes constroem identidade, na Venezuela

Os afrodescendentes latino-americanos buscam hoje uma identidade própria que os vincula com África sem os afastar de seus respectivos países, afirmou na Venezuela o acadêmico gabonês Nicolás Ngou-Mve.

Em declarações à Prensa Latina, o professor da Universidade Omar Bongo, de Libreville, destacou as mudanças acontecidas na região, onde pouco tempo atrás os pesquisadores se concentravam especialmente em estudos sobre os indígenas e os problemas sociais. Inclusive quando abordavam o tema, o separavam da África, “dantes se dizia negros ou escravos, mas nos últimos anos se introduziu o afro”, assinalou o especialista, quem assiste aqui ao I Foro Internacional de Afrodescendência e descolonização da memória.

Segundo Ngou-Mve, nesta realidade influi a situação atual da área, a maneira na que “as sociedades estão progredindo, se libertando”.

Se não existisse uma tomada de consciência social e política nestes países, quiçá os movimentos afros não teriam tanto dinamismo como na atualidade, considerou.

Por outra parte, o catedrático ressaltou a presença de rasgos da cultura africana em âmbitos como a dança, as canções, a língua, e a cozinha latinoamericana.

Ao encontro, inaugurado a véspera, assistem delegados da Argentina, Cuba, Equador, Gabão, Congo, Costa do Marfim e África do Sul, entre outras nações.

As três primeiras jornadas do Foro, que concluirá no próximo sábado, terão por sede o Museu de Arte Contemporâneo e a Livraria do Sul do teatro Teresa Carreño, e depois as atividades se transladarão até o estado de Guárico.
Organizado pelo despacho cultural, o Arquivo Geral e o Centro Nacional de História, a reunião renderá homenagem ao coronel independentista venezuelano Juan José Rondón.

 

 

Fonte: Mulher Negra

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